Antonio Gramsci (1891-1937), teórico e ativista político marxista, nasceu na Sardenha, Itália, em janeiro de 1891. Estudou na Universidade de Turim e em 1913 se filiou ao Partido Socialista Italiano. Suas leituras de Marx, Engels e Lenin o levaram a rechaçar o idealismo filosófico e assim, em 1921, juntou-se ao grupo que fundaria o Partido Comunista Italiano (PCI). Foi perseguido e preso em 1926, durante o regime fascista de Benito Mussolini. Depois de onze anos de confinamento e maus-tratos, durante os quais foi impedido de ver a família, foi libertado, mas morreu dois dias depois. Na cadeia, produziu entre 1929 e 1935 uma obra fenomenal, manuscrita em mais de trinta cadernos, que entraram para a história do marxismo. Seus trabalhos versam sobre literatura, hegemonia cultural, história da Itália, economia, materialismo histórico e teoria política, entre outros temas, tornando-se referência para os estudiosos dos estudos culturais, da teoria crítica e da cultura popular em geral. A Boitempo publicou suas obras Homens ou máquinas?, Os líderes e as massas, O rato e a montanha ,Odeio os indiferentes e Vozes da terra.