Por um feminismo anticapitalista, antirracista e antiLGBTQfóbico!
Uma seleção de feministas de todos os tempos para um 8 de março sempre de luta: Aleksandra Kollontai, Angela Davis, Clara Zetkin, Flávia Biroli, Judith Butler, Nancy Fraser, Patricia Hill Collins, Silvia Federici e Vandana Shiva.

Uma seleção de feministas de todos os tempos para um 8 de março sempre de luta: Aleksandra Kollontai, Angela Davis, Clara Zetkin, Flávia Biroli, Judith Butler, Nancy Fraser, Patricia Hill Collins, Silvia Federici e Vandana Shiva.
Não perca a live Feminismo, gênero e marxismo, com Carla Rodrigues, Helena Silvestre, Lana de Holanda e mediação de Andrea Dip, dia 8 de março às 14h, na TV Boitempo:
Aleksandra Kollontai


Nascida em 31 de março de 1872, em São Petersburgo, Kollontai foi escritora, jornalista, revolucionária e política. Estreou na imprensa em 1898 e deixou vasta obra, entre artigos, memórias e ficção. Filiou-se ao Partido Operário Social-Democrata Russo em 1899. Após testemunhar o Domingo Sangrento na Rússia, participou da Revolução de 1905. Devido à publicação de um artigo em que conclamava os finlandeses a lutar contra a ocupação russa, foi exilada em 1908, mudando-se para a Europa. Participou de conferências e realizou campanhas em vários países contra a Primeira Guerra Mundial. Após retornar à Rússia, atuou no Comissariado do Povo para a Assistência Pública, em 1917, e foi a primeira mulher a ocupar um cargo no governo. Foi uma das organizadoras do I Congresso de Mulheres de Toda a Rússia e, em 1919, criou, com Inessa Armand, o Jenotdiél, Departamento de Mulheres. Participou do conselho editorial da Kommunítska, revista do órgão, contribuindo com a conquista das mais avançadas leis de direitos de mulheres da época. Crítica em relação ao Partido Comunista, colaborou, em 1921, com a fundação da Oposição Operária, que logo seria destituída. Em 1923, foi a segunda mulher da história a se tornar embaixadora, na Noruega, no México e na Suécia.
Alguns de seus escritos estão reunidos na antologia A revolução das mulheres, organizada por Graziela Schneider e em Escritos de Outubro: os intelectuais e a Revolução Russa (1917-1924), organizado por Bruno Barreto Gomide. Em Camarada, Jodi Dean também recorre a Aleksandra Kollontai para elaborar a sua teoria da camaradagem, caracterizada por disciplina, coragem e entusiasmo.
Angela Davis







Davis é filósofa, professora emérita do departamento de estudos feministas da Universidade da Califórnia e ícone da luta pelos direitos civis. Integrou o Partido Comunista dos Estados Unidos, tendo sido candidata a vice-presidente da República em 1980 e 1984. Próxima ao grupo Panteras Negras, foi presa na década de 1970 e ficou mundialmente conhecida pela mobilização da campanha “Libertem Angela Davis”. Autora de vários livros, sua obra é marcada por um pensamento que visa romper com as assimetrias sociais.
Pela Boitempo, publicou O sentido da liberdade e outros diálogos difíceis, Construindo movimentos: uma conversa em tempos de pandemia, Uma autobiografia, A liberdade é uma luta constante, Mulheres, cultura e política e Mulheres, raça e classe e Democracia para quem?, com Patricia Hill Collins e Silvia Federici.
Clara Zetkin


Nascida em 5 de julho de 1857 em Königshain-Wiederau, Alemanha, Clara Zetkin foi uma figura ímpar na história do feminismo e do marxismo. Estudou direito e entrou em contato com movimentos operários alemães e iniciou sua militância no Partido Social-democrata Alemão (SPD), tornando-se referência na organização. Após exilar-se em 1882, foi uma das criadoras da Internacional Socialista em Paris. Zetkin reivindicou o sufrágio feminino a partir de uma perspectiva marxista de classe e também alertou e denunciou sobre os perigos da ascensão fascista para a humanidade.
Alguns de seus escritos estão reunidos na antologia A revolução das mulheres, organizada por Graziela Schneider, além de um capítulo em Marx pelos marxistas.
Flávia Biroli



Flávia Biroli nasceu em 1975, em São José do Rio Preto. É doutora em História pela Unicamp (2003), professora associada do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em teoria política feminista. Foi presidenta da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) entre 2018 e 2020, editora da Revista Brasileira de Ciência Política e editora associada da revista Politics & Gender. Biroli fez parte do Grupo de Assessoras da Sociedade Civil da ONU-Mulheres entre 2016 e 2017 e do grupo de especialistas que preparou os relatórios para a Comission on the Status of Women nos anos de 2019 e 2020. Foi acadêmica visitante do Latin American Centre e fellow da Jesus College da Universidade de Oxford de janeiro a março de 2020. Suas últimas pesquisas se voltaram para o tema do cuidado, do neoliberalismo, da democracia e das ofensivas contra a agenda de gênero.
Pela Boitempo, publicou Feminismo e política: uma introdução, com Luis Felipe Miguel (Boitempo, 2014), Família: novos conceitos (Perseu Abramo, 2014), Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil (Boitempo, 2018) e Gênero, neoconservadorismo e desigualdades: disputas e retrocessos na América Latina, com Maria das Dores Machado e Juan Vaggione (Boitempo, 2020).
Judith Butler



Judith Butler nasceu em Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos, em 1956. Cursou o Bennington College e, depois, a Universidade de Yale. Em 1979 recebeu a bolsa Fulbright para estudar na Universidade de Heidelberg. Seus estudos em filosofia tiveram início com o idealismo alemão, a fenomenologia e a Escola de Frankfurt. Depois de obter seu título de Ph.D. pela Yale em 1984, voltou-se para o pós-estruturalismo, para o qual sua obra tem dado grande contribuição. É docente titular da Escola de Pós-Graduação da Universidade da Califórnia em Berkeley, onde atualmente reside. Seu trabalho foi traduzido para mais de vinte e sete idiomas.
Pela Boitempo, publicou Caminhos divergentes: judaicidade e crítica do sionismo, A força da não violência e Quem tem medo do gênero?.
Nancy Fraser




Nancy Fraser nasceu em Baltimore, nos Estados Unidos, em 1947. Graduou-se em 1969 no Bryn Mawr College, uma faculdade privada exclusiva para mulheres, e defendeu seu doutorado em 1980 na City University of New York (CUNY). É professora titular de filosofia e política na New School for Social Research, onde leciona desde 1995. Expoente do feminismo e da teoria crítica, a autora publicou diversos trabalhos de grande impacto nessas e em outras áreas da filosofia política e social.
Pela Boitempo publicou Feminismo para os 99%: um manifesto, em coautoria com Cinzia Arruzza e Tithi Bhattacharya, Capitalismo em debate: uma conversa na teoria crítica, em coautoria com Rahel Jaeggi, Justiça interrompida: reflexões críticas sobre a condição “pós-socialista” e agora Destinos do feminismo: do capitalismo administrado pelo Estado à crise neoliberal.
Patricia Hill Collins




Patricia Hill Collins nasceu em 1º de maio de 1948 na Filadélfia, Estados Unidos. Filha única de uma família da classe trabalhadora, com uma mãe secretária e um pai operário veterano da II Guerra Mundial, sua formação escolar ocorreu em escolas públicas, locais em que passou por momentos de silenciamento e invisibilização. Deixou a Filadélfia em 1965 para cursar a faculdade na Universidade de Brandeis em Waltham, Massachusetts, onde se formou em sociologia. É professora emérita do Departamento de Sociologia da Universidade de Maryland e também já foi chefe do Departamento de Estudos Afro-americanos da Universidade de Cincinnati, além de ter sido a primeira presidenta negra da Associação Americana de Sociologia.
Pela Boitempo, publicou Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento, Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica e Interseccionalidade, com Sirma Bilge, e Democracia para quem?, com Angela Davis e Silvia Federici.
Silvia Federici



Silvia Federici nasceu em Parma, na Itália, em 1942. Ativista feminista, filósofa, escritora e professora, mudou-se para os Estados Unidos em 1967, onde pouco depois participou da fundação do International Feminist Collective, a organização que lançou internacionalmente a campanha Salários para o Trabalho Doméstico. Nos anos 1980, Federici viveu na Nigéria, onde deu aulas na Universidade de Port Harcourt e ajudou a criar o Committee for Academic Freedom in Africa, além de ter acompanhado a organização feminista Women in Nigeria. Já na década de 1990, foi ativa no movimento antiglobalização e no movimento contra a pena de morte dos EUA. De 1987 a 2005, ela lecionou na Universidade de Hofstra, nos Estados Unidos, onde se tornou professora emérita. Federici se define como uma feminista anticapitalista e em seus trabalhos analisa o capitalismo e as relações entre o trabalho assalariado e o trabalho reprodutivo sob uma perspectiva crítica de que o corpo das mulheres é a última fronteira do capitalismo.
Pela Boitempo, publicou Mulheres e caça às bruxas, O patriarcado do salário e Democracia para quem?, com Angela Davis e Patricia Hill Collins.
Vandana Shiva
Nascida na Índia, Vandana Shiva é filósofa, física, ecofeminista e ativista ambiental, diretora da Fundação de Pesquisas em Ciência, Tecnologia e Ecologia, com sede em Nova Délhi, e uma das líderes e diretoras do Fórum Internacional sobre Globalização. Também é fundadora da ONG Navdanya, que promove a biodiversidade de sementes, as plantações orgânicas e os direitos de agricultores. É autora, entre muitas outras obras, de Staying Alive: Women, Ecology and Survival in India (Nova Délhi, Kali for Women, 1988) e A violência da Revolução Verde: agricultura, ecologia e política do Terceiro Mundo (trad. Luís Humberto Teixeira, Albergaria-a-Velha, Mahatma, 2015). Terra vida: minha vida em uma biodiversidade de movimentos é sua primeira obra pela Boitempo.
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