Leia Lélia Gonzalez! Leia Angela Davis!

Quando esteve no Brasil em 2019, Angela Davis surpreendeu sua audiência recomendando a obra de uma importante feminista negra brasileira que ela havia conhecido ainda na universidade, mas que tinha se tornado quase desconhecida para seus próprios conterrâneos: “Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo.” O imperativo da marxista estadunidense para lermos Lélia Gonzalez nos convidava a redescobrir a obra de uma teórica e militante que tinha empreendido um esforço semelhante ao dela de pensar e agir politicamente, no nosso próprio país.

“Defendo que Angela e Lélia tiveram papéis comparáveis em seus países e movimentos. Sintetizaram em grande parte os projetos políticos e as utopias de suas gerações, marcadas pelo desejo de transformação e confiança na mudança”, escreve Raquel Barreto em Feminizando a raça e enegrecendo o gênero.

Mas as aproximações entre elas não se restringem às convergências entre trajetórias e pensamentos, as duas também nasceram em datas próximas: Angela Davis faz aniversário em 26 de janeiro, e hoje comemora 81 anos, enquanto Lélia Gonzalez, se fosse viva, completaria 90 anos em 1º de fevereiro.

Para celebrar essas duas intelectuais e ativistas, as obras de Angela Davis e Lélia Gonzalez publicadas pela Boitempo estarão, até dia 9 de fevereiro, com descontos de até 30% no nosso site. Quem aproveitar a promoção, ainda receberá com as suas compras cartões postais e marcador de página.

Além dos descontos e brindes exclusivos, disponibilizamos gratuitamente o livreto digital Feminizando a raça e enegrecendo o gênero: Angela Davis e Lélia Gonzalez, escrito por Raquel Barreto. Para baixar, clique no botão:


Mulheres, raça e classe, de Angela Davis
Profundamente analítico, traça as interseções de raça, classe e gênero na luta contra opressões. A autora desafia visões simplistas, expondo a centralidade das mulheres negras. Sua crítica à esquerda ortodoxa e reflexões sobre representatividade são atuais.

Mulheres, cultura e política, de Angela Davis
A voz incisiva da renomada ativista em uma compilação de discursos e artigos sobre desigualdade racial, condições das mulheres e lutas sociais. Abordando temas internacionais, revela o impacto global da política norte-americana. Reflexões sobre resistência, arte e a construção de um mundo mais justo.

A liberdade é uma luta constante, de Angela Davis
Reunião de artigos, discursos e entrevistas, fazendo uma conexão das lutas históricas do movimento negro e do feminismo negro com os movimentos contemporâneos pelo abolicionismo prisional e a luta anticolonial. Um chamado à resistência coletiva em um mundo que clama por justiça e igualdade.

Uma autobiografia, de Angela Davis
Relato emocionante de uma vida dedicada à luta por justiça e igualdade. Ícone dos movimentos negros e feministas, a autora compartilha sua história marcante, revelando as injustiças que enfrentou e as raízes profundas de sua resistência. Sua narrativa é uma fonte inspiradora de força e determinação.

Democracia para quem?, de Angela Davis, Patricia Hill Collins e Silvia Federici
O livro reúne as palestras proferidas de 15 a 19 de outubro de 2019, pelas três intelectuais feministas no âmbito do seminário internacional “Democracia em Colapso?”, promovido pelo Sesc São Paulo e pela Boitempo. No livro, é possível tomar contato com reflexões feitas pelas autoras — referências globais em suas áreas de estudo e de atuação — sobre temas como capitalismo, racismo, desigualdade social, ecologia, entre outros.

O sentido da liberdade, de Angela Davis
Análise das interseções entre neoliberalismo, racismo, opressões de gênero e classe nos EUA. Palestras entre 1994 e 2009 desmistificam a ideia de uma liberdade concedida e destaca a luta contínua por direitos em um contexto global de discriminação e opressão.

Festas populares no Brasil, de Lélia Gonzalez
Escrita em 1987, a obra apresenta registros fotográficos de festas populares do Brasil de norte a sul com textos informativos que apresentam as marcas da herança africana na cultura brasileira, a integração entre o profano e o sagrado e a reinvenção das tradições religiosas na formação do imaginário cultural brasileiro. Há muito sem edição, o livro apenas aparentemente se distancia do conjunto da produção intelectual de Lélia, marcada pela reflexão política sobre a realidade nacional e pelo debate teórico pioneiro a respeito das intersecções entre raça, classe e gênero. Afinal, o que aqui se revela é uma intérprete do Brasil que definiu a cultura enquanto um de seus temas centrais. Nas palavras da própria autora, “se a gente detém o olhar em determinados aspectos da chamada cultura brasileira a gente saca que em suas manifestações mais ou menos conscientes ela oculta, revelando, as marcas da africanidade que a constituem.”
Disponível também em edição capa dura.


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