Douglas Rodrigues Barros

O que explica o anti-intelectualismo de esquerda?

13/11/2024 // 6 comentários

Douglas Barros: "A economia da atenção (...) reduz a cognição à fruição do tempo de tela. O resultado, sem dúvida, é a diminuição reflexiva para lidarmos com problemas complexos. Mesmo filmes se tornam insuportáveis por terem mais de uma hora de duração, livros são cada vez mais vistos como produtos museológicos e, desse modo, qualquer raciocínio mais denso é visto como uma ofensa." [...]

Surrealismo, cem anos pela dignidade do sonho e da loucura

29/10/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "A práxis surrealista, a despeito de seus detratores, abriu caminhos à imaginação: repensar o sonho, lembrar dos afetos que nos atravessam e sair da posição passiva da denúncia trouxeram um resultado além da arte. O seu excesso, portanto, foi dar dignidade ao sonho e duvidar da normalidade." [...]

Crítica à crítica do identitarismo

01/10/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "Os supostos críticos do identitarismo têm um programa claro em vista: reestabelecer algo impossível de ser restabelecido, ou seja, a fé na falsa universalidade burguesa. Todo o empenho deles é, afinal, defender o Estado democrático de direito cuja materialidade nas quebradas do país é a mesma do caviar." [...]

A ontologia do ser neoliberal

03/09/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "O neoliberalismo é a resposta a um desdobramento das contradições do capitalismo que acompanharam as transformações sociais do século XX. Por que se reafirmar isso? Para não se esquecer que a atualidade neoliberal é produzida pela forma como o capitalismo se organiza num estágio de crise permanente." [...]

Faz sentido falar em luta de classes hoje?

06/08/2024 // 2 comentários

Douglas Barros: “Nosso esforço deve ser reconduzido a entender a luta de classes não como uma escolha narrativa, mas como algo dado numa realidade material organizada a partir da exploração necessária à manutenção do capital.” [...]

Casamento às cegas: sacrifício e sofrimento

03/07/2024 // 1 comentário

Douglas Barros: "A indignidade – da qual todos nós, enquanto espectadores, nos tornamos cúmplices – é, portanto, a marca distintiva que lança luz às sombras de uma sociedade em estado de exceção permanente cujo sofrimento, em nome da inclusão, da representação, e da possibilidade de sobreviver ao paredão diário, marca a nossa relação com um mundo social demasiadamente distópico." [...]