José Paulo Netto

Politzer: por uma psicologia concreta

17/04/2017 // 4 comentários

Por José Paulo Netto / No Brasil, boa parte dos jovens brasileiros que, no final dos anos 1950 e na entrada dos anos 1960, se interessaram pelo marxismo conheceu Georges Politzer primeiramente como autor de um manual de filosofia e, depois, como um herói da Resistência Francesa. No entanto, há outras razões pelas quais ele deve ser lembrado hoje. [...]

Sociedad Latinoamericana György Lukács: uma excelente ideia

13/03/2017 // 3 comentários

Por José Paulo Netto / "Surgiu, há pouco, uma excelente ideia – que já está sendo divulgada entre nós e em vários países da América Latina – que merece uma atenção especial e que, penso, diz respeito a todos aqueles que, independentemente de suas posições ideoteóricas, têm intervenção/interesses no chamado mundo da cultura. Trata-se da proposta da criação da Sociedad Latinoamericana György Lukács, formulada pelo Prof. Miguel Vedda, da Universidade de Buenos Aires, personalidade já conhecida nos meios acadêmicos brasileiros e admirada pela sua competência e rigorosa produção no domínio da teoria estética e dos estudos literários. A meu juízo, a proposta de Vedda deve ser divulgada, debatida e implementada." [...]

Avelãs Nunes e a história da Economia Política

15/02/2017 // 8 comentários

Por José Paulo Netto / "O nome de Avelãs Nunes é bastante conhecido nos meios acadêmicos do Direito no Brasil. Mas não é a intervenção jurídico-acadêmica de Avelãs Nunes que atrai meu interesse aqui. É como historiador do pensamento econômico que me importa lembrá-lo aqui." [...]

Recordando Garaudy, um homem de fé

14/11/2016 // 2 comentários

Por José Paulo Netto / "A trajetória de Roger Garaudy não me parece a de um “renegado”. Ao longo dos seus quase cem anos de vida, jamais traiu os valores fundamentais com que se comprometeu na juventude. Examinada com atenção e sem preconceitos, a sua trajetória revela-se como o itinerário de um teólogo frustrado que nunca perdeu a fé." [...]

Eneida, a voz poderosa

31/10/2016 // 5 comentários

Por José Paulo Netto / "É possível arriscar a hipótese de que as novas gerações brasileiras, mesmo nos seus segmentos letrados e que passam pela academia, não conheceram/conhecem Eneida. Se a hipótese tem pertinência, agora o que há a fazer é contribuir para que este público se interesse por conhecê-la. Estas gerações só têm a ganhar – sob todos os aspectos – se também ouvirem a voz poderosa de Eneida." [...]

Caudwell, pioneiro da crítica marxista inglesa

19/09/2016 // 1 comentário

Por José Paulo Netto / "Parece haver um consenso mínimo entre os estudiosos do marxismo inglês: na crítica da literatura (e, mais amplamente, da cultura), há um autor seminal – Christopher Caudwell. Ele é o ponto fundacional de um complexo desenvolvimento balizado sintética e diferencialmente pelas obras de George Thomson, Raymond Williams e, enfim, Terry Eagleton. Caudwell, estranho ao meio acadêmico, inaugura a reflexão marxista sobre a literatura e a cultura na Inglaterra." [...]

V. Perlo e H. Magdoff: americanos diferentes, americanos notáveis

15/08/2016 // 2 comentários

Por José Paulo Netto / "Estes dois americanos, diferentes e notáveis, permanecem como exemplos para os pesquisadores e intelectuais que, na entrada do século XXI, nos mais diversos cantos do mundo, dispõem-se a contribuir para a solução socialista dos dilemas que hoje ameaçam a existência da humanidade." [...]

A. Lifschitz, editor e crítico

11/07/2016 // 2 comentários

Por José Paulo Netto / "Já vinha de 1930 a amizade que vinculou Lifshitz a Lukács, quando este passou meses em Moscou e teve conhecimento de textos do “jovem” Marx, ainda inéditos, no Instituto Marx-Engels-Lenin. Foi então que iniciaram a colaboração intelectual que os uniu ao longo dos anos 1930: ambos sustentavam a tese, à época original, de que a partir dos materiais marxianos seria possível construir uma estética especificamente marxista. Em vários passos de seus textos autobiográficos, Lukács – que dedicou a Lifschitz um de seus livros fundamentais, 'O jovem Hegel', concluído em 1938, mas só publicado dez anos depois – refere-se à sua relação com ele." [...]

Ainda vale a pena ler J. D. Bernal, o sábio

10/06/2016 // 5 comentários

Por José Paulo Netto / "Nada justifica o relativo esquecimento, ou desconhecimento, da obra de J. D. Bernal pelas gerações atuais. Ao contrário: a sua leitura, com as lentes críticas que o tempo presente disponibiliza, qualifica os jovens pesquisadores para uma enriquecida compreensão do desenvolvimento científico e para a urgente necessidade de superar o fosso entre os especialistas das ciências duras e os que se dedicam à teoria social. Um fosso que tem propiciado, no campo das ciências sociais e humanas, a proliferação das imposturas intelectuais (a expressão é de Sokal e Bricmont) que fazem as delícias pós-modernas." [...]