Urariano Mota

Djalma Júnior, ou a lógica no delírio

31/03/2015 // 4 comentários

Urariano Mota / "Minha filha e os da geração dela costumam se referir aos assuntos mais graves, sérios e tocantes como “pesados”. Entendo-os com um esforço de largueza na compreensão. Bem sei que na verdade assim se referem às obras e pessoas fundamentais, com as quais não adianta fazer “greia”, para usar uma gíria recifense, ou mesmo brincar com leveza. Mas jamais poderia imaginar que o adjetivo usado por eles fosse tão impeditivo para mim. Pois adiei falar até hoje sobre Djalma Gomes de Lima Júnior." [...]

Dilma, o Recife mandou te chamar

17/03/2015 // 2 comentários

Urariano Mota / "Em 12 de março, foi o aniversário de duas meninas quase gêmeas, duas cidades quase em uma só, de tão próximas e parecidas, o Recife e Olinda. Eu gostaria de pedir uma suspensão do noticiário político, como se fosse possível haver uma trégua breve na guerra. Devo? É possível? Façamos de conta que sim, num intervalo ligeiro, para falar de passagem da cidade que na semana passada fez 478 anos." [...]

Mulheres infelizes no Brasil

03/03/2015 // 2 comentários

Urariano Mota / "Não sei se Contardo Calligaris sabe, mas no Brasil a infelicidade das mulheres bem que gostaria de possuir maridos devotos, mais famílias e vidas sem necessidades básicas. Se assim fossem infelizes, 90% das brasileiras até poderiam dizer que sentiam um pouquinho do gosto da felicidade. É sério. Quando a gente relaciona a infelicidade feminina dos romances clássicos às mulheres brasileiras, a inadequação é a mesma do pregador franciscano em Canudos, no instante em que recomendava jejum de farinha e bacalhau aos sertanejos famintos. O religioso recebeu gargalhadas, aos gritos de que “assim já é fartura”...." [...]

Discussão no Face com a neta de um comunista histórico

05/01/2015 // 6 comentários

Por Urariano Mota. "No relato a seguir não há qualquer ficção. Qualquer semelhança com pessoa viva ou conhecida não é mera coincidência. Tudo se passou na página do Facebook da neta de um comunista histórico. Ele, um militante já falecido, não tem culpa. E por esse motivo deixo de informar o seu nome, e o da neta, em atenção à memória de um intelectual que honra até hoje o Recife..." [...]