Artista autodidata, iniciou sua trajetória criança, inspirada pelos grafites e murais das ruas de São Paulo. Sem formação acadêmica ou referências artísticas na família, começou desenhando com o que tinha à disposição: esmalte, maquiagem, qualquer material que trouxesse cor. Sua obra parte de um lugar profundamente pessoal, atravessada por memórias, ancestralidade e vivências das mulheres negras e nordestinas da sua família. Explora temas como o ambiente doméstico e a infância marcada por despejos e ocupações. Pintar, para ela, é também uma forma de acessar sentimentos, e dar vida a esse conto de Machado de Assis – autor que a encantou ainda na escola – foi um processo desafiador e intuitivo.