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Quando Lênin decide mudar a denominação do partido operário e revolucionário russo de Social-Democrata para Comunista, ele não o faz pensando primeiro na fase final da sociedade pós-capitalista teorizada por Marx. Em vez disso, trata-se acima de tudo de marcar distância do social-chauvinismo, dos ‘socialistas’ que legitimaram a carnificina da Primeira Guerra Mundial, agitando não raro os slogans do intervencionismo democrático: se os socialistas dos países da Entente pretendiam exportar democracia para a Alemanha, os socialistas alemães estavam decididos a exportá-la para a Rússia czarista aliada da Entente. Infelizmente, o papel essencial e às vezes de vanguarda desempenhado pelos 'socialistas' (e pelos trabalhistas) na promoção de guerras coloniais ou neocoloniais ainda não foi esgotado: pense-se em Tony Blair, um dos arquitetos da Segunda Guerra do Golfo (baseada na falsa acusação de que o Iraque de Saddam Hussein teria armas de destruição em massa e estaria pronto para usá-las), ou François Hollande, um dos intérpretes mais enérgicos e inescrupulosos da contraofensiva neocolonial no Oriente Médio e na África. Novamente uma constatação: para promover a luta contra essas manipulações e infâmias, não há palavra melhor do que 'comunismo'!