A nova edição de A verdade vencerá: o povo sabe por que me condenam é marcada por forte significado. Após 580 dias de prisão em Curitiba, impedido de participar das eleições presidenciais de 2018, na qual era favorito, Lula recebe de volta sua liberdade. Para celebrar, a Boitempo recoloca nas ruas um dos best-sellers de 2018.
O cerne da primeira edição foram as três sessões presenciais de entrevistas com Lula, nas quais o ex-presidente discorreu sobre sua vida, os governos do PT, o golpe parlamentar de 2016, sua prisão que parecia cada vez mais certa e o futuro do Brasil. Foram horas de conversa aberta com os jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, o professor de relações internacionais Gilberto Maringoni e a editora Ivana Jinkings, fundadora e diretora da Boitempo.
E para esta histórica segunda edição Lula respondeu por escrito a doze novas questões, apresentando reflexões sobre seu período de cárcere e sobre temas variados, como o governo Jair Bolsonaro, a Venezuela de Nicolás Maduro, sua condição pessoal e sua intrínseca ligação com o povo brasileiro.
As perguntas foram feitas pelos mesmos entrevistadores, levadas a Lula em julho de 2019 e devolvidas por escrito em 10 de outubro. Publicado originalmente no início de 2018, às vésperas do desfecho da fase inicial de uma guerra jurídica sem precedentes, o livro apresenta um retrato fiel do ex-presidente no contexto de sua prisão iminente.
A obra foi lançada também em outros países, como Estados Unidos, Itália, Argentina e Espanha. A tradução espanhola, inclusive, concorreu ao Jabuti 2019 na categoria “livro brasileiro publicado no exterior”. Somam-se ao conteúdo o discurso feito no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC horas antes de ser preso, uma carta escrita por ele para ser lida na abertura do Salão do Livro Político de 2019, em São Paulo, a transcrição de sua fala no dia 9 novembro, após ser solto e uma nova seleção de imagens.