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Quem já matou um rato? Pode-se prendê-lo numa ratoeira e jogar no tanque para se afogar. Também molhar com combustível e pôr fogo em seu rabo, depois soltá-lo para correr como nunca rumo à morte. Algumas crianças se divertiam assim, descontando no rato as humilhações e os sofrimentos pelos quais passavam na fábrica e em casa; ou quem sabe fosse pura maldade injustificada. Melhor um gato, animal menos nojento. Mais gostoso: esmagar o rato com o pé, encurralando-o junto à parede. Apertar com força suficiente para ele não fugir, sem o trucidar de imediato. Depois ir apertando devagar, sentir seus ossos se quebrarem lentamente sob o calçado, um estalo por vez, em meio aos grunhidos de desespero, até o sangue escorrer de cada orifício, carne mole sob o sapato, com técnica, para evitar a sujeira das tripas na sola. Soldados já foram crianças, seguem humilhados, agora sob a farda e com as armas que os distinguem das gentes de baixo de suas origens, liberados para nelas sentar o pau. O deleite era evidente no rosto do policial, cuja bota apertava devagar o peito do menino Arrigo contra o chão naquela noite fria de julho.