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Camarada
Autoria de Jodi Dean
Um resgate do significado da camaradagem na política, destacando a importância da união e da luta por justiça. A autora oferece uma análise rica, abordando história, literatura, psicanálise e cinema, ressaltando como o desejo e a solidariedade formam a base desse vínculo político.
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No século XX, milhões de pessoas em todo o globo se dirigiam umas às outras como “camarada”. Hoje, em círculos de esquerda é mais comum ouvir falar em “aliados”. Neste livro, Jodi Dean insiste no fato de que essa mudança exemplifica o problema fundamental da esquerda contemporânea: a sobreposição da identidade política a uma relação de pertencimento político que precisa ser construída, sustentada e defendida.

Neste ensaio com recortes e análises bastante originais, Dean nos oferece uma teoria da camaradagem. Camaradas são pessoas que se encontram de um mesmo lado de uma luta política. Unindo-se voluntariamente por justiça, sua relação é caracterizada por disciplina, coragem e entusiasmo.

Analisando o igualitarismo da figura do camarada à luz das diferenças de raça e gênero, Dean recorre a um leque de exemplos históricos e literários, como os de Harry Haywood, C. L. R. James, Aleksandra Kollontai e Doris Lessing. Eis um livro curto que articula história, psicanálise e filosofia num texto prazeroso de ler como ensaio de interesse geral.

Indicações

 

“Vivemos tempos de mais sombra que luz e frequentemente nos perguntamos o que será capaz de costurar as pautas e as agendas de quem resiste e luta contra o obscurantismo e a extrema direita. O que é capaz de nos dar sentido de luta comum em um momento histórico em que, cada vez mais, mesmo nas estruturas partidárias, nos organizarmos atomizados a partir de nossas identidades? Jodi Dean nos propõe a camaradagem como resposta. Este livro nos lembra de que somos diversos e podemos estar do mesmo lado.” — Manuela d’Ávila

 

É disto que todas as pessoas engajadas nas atuais lutas por emancipação precisam: uma combinação singular de rigor teórico e avaliação sensata do impasse em que nos encontramos. Para quem ainda nutre ilusões sobre a democracia liberal, devemos simplesmente dizer: leia Jodi Dean. — Slavoj Žižek



 

Jodi Dean mobiliza a figura do camarada como forma de tratamento e índice de pertencimento. Seu texto é espirituoso do começo ao fim; mordaz como é necessário ser contra aqueles que preferem atrapalhar ou confundir as perspectivas de uma política igualitária; urgente como um programa de luta comum nestes tempos de autoritarismo, sexismo e racismo renovados. — Bruno Bosteels



 

A análise afiada que Jodi Dean faz dos impasses da esquerda é uma espécie de réquiem para boa parte da fanfarronice 2.0 da última década. — Mark Fisher



 

Camarada: ao mesmo tempo um nome de guerra e uma forma de tratamento amorosa. Palavra que constrói a organização política e a luta; que faz reviverem os heróis que se foram. — Antonio Negri


 

Trecho do livro

O camarada é o grau zero do comunismo porque designa a relação entre aqueles que se encontram do mesmo lado da luta para produzir relações sociais livres, justas e iguais, relações desprovidas de exploração. Sua relação é política, é divisora. E é íntima, entrelaçada com a sensação de quão desesperadamente cada um depende do outro para que todos perseverem.

Autoria de Jodi Dean
Tradução de Artur Renzo
Texto de orelha de Bruno Bosteels, Christian Ingo Lenz Dunker, Manuela d’Ávila, Mark Fisher, Slavoj Žižek
Texto de quarta capa de Antonio Negri
Capa de Porto Rocha & No Ideas
Título original: Comrade: An Essay on Political Belonging
Número de páginas: 208
Dimensões: 21 x 14 x 2 cm
Peso: 293,3 g
ISBN: 9786557170854
Encadernação: brochura
Ano de publicação: 2021

SubTítulo 296355

um ensaio sobre pertencimento político