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Capitalismo pandêmico
Autoria de Ricardo Antunes
Uma revelação do impacto da pandemia e da gestão política brasileira no capitalismo contemporâneo. O autor analisa a relação entre a crise sanitária, as reformas trabalhistas, a precarização do trabalho e a desigualdade. Um alerta para compreender os desafios do mundo laboral e as lutas necessárias.
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De que forma a pandemia agravou as já abissais desigualdades sociais no Brasil, na América Latina e no mundo? Como o capital se comporta diante de uma crise sanitária dessa magnitude? É possível afirmar que a brutal expansão da covid-19 tem preferência de classe, gênero, raça e etnia? Nesta obra, o professor de sociologia do trabalho Ricardo Antunes apresenta diversos textos escritos nos últimos anos que conceituam o atual estágio do desenvolvimento capitalista, em especial no que se refere aos novos modos de sujeição do trabalho. Seu foco principal é interpretar de que forma a pandemia e a gestão Jair Bolsonaro vêm determinar um capitalismo já em crise.

Antunes destrincha diversos temas como a relação da pandemia com as reformas trabalhistas feitas nas últimas décadas, o aumento do desemprego, a constante precarização do trabalho e o afrouxamento dos vínculos empregatícios. Retomando o léxico e uma série de descobertas expostos em seus livros anteriores, o autor nos oferece uma análise da conjuntura em que nos encontramos, com seus vieses de raça, classe, gênero etc., sob o pano de fundo de uma análise marxista dos rumos do capitalismo contemporâneo.

Escrito sob o calor dos fatos narrados, sem esconder a indignação crítica de que se alimenta, este livro é uma oportunidade de conhecer as grandes linhas do pensamento de um de nossos maiores intérpretes do mundo do trabalho, aplicado quase em tempo real a nosso sombrio dia a dia. No melhor estilo da prosa dialética, comparecem aqui os terríveis suplícios a que é submetida a classe trabalhadora contemporânea, mas também a visão de um futuro melhor que só pelas mãos dela pode ser construído.
 

Trecho do livro

A ideia de que o socialismo acabou é uma ficção que, infelizmente, encontra muitos adeptos. Se o capitalismo levou pelo menos três séculos para se construir (desde a acumulação primitiva até a revolução industrial), por que o socialismo teria que ter se constituído, em sua plenitude, em um único século ou um pouco mais? A pandemia do capital tornou a invenção de um novo modo de vida o imperativo maior de nosso tempo.

Autoria de Ricardo Antunes
Texto de orelha de Virgínia Fontes
Capa de Antonio Kehl, com base na pintura “Vários círculos”, óleo sobre tela (1926), de Wassily Kandinsky (Wikimedia Commons)
Coleção: Mundo do trabalho
Número de páginas: 152
Dimensões: 23 x 16 x 2 cm
Peso: 214,4 g
ISBN: 9786557171585
Encadernação: brochura
Ano de publicação: 2022