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Como poeira ao vento
Autoria de Leonardo Padura
Uma envolvente saga de amizade, diáspora cubana e mudanças. O renomado autor cubano tece uma narrativa emocionante que leva os leitores a um país complexo, destacando o tema da imigração. Reflexão profunda sobre a vida e a amizade que questiona gerações e emoções cubanas.
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O dia começa mal para Adela, jovem nova-iorquina de ascendência cubana, quando ela recebe uma ligação de sua mãe, que não está contente com as escolhas que a filha fez de se mudar para Miami e viver com Marcos, um jovem cubano recém-chegado aos Estados Unidos. Marcos conta a Adela histórias de sua infância na ilha, em meio ao Clã de amigos de seus pais, e lhe mostra uma foto da última refeição que o grupo teve 25 anos antes, quando ele era criança. Surpreendentemente, Adela descobre alguém familiar entre os rostos. E perde o chão.

Como poeira ao vento é a história desse Clã que sobreviveu ao exílio e à dispersão. O que aconteceu aos que partiram e aos que decidiram ficar? Como o tempo os transformou? O magnetismo do sentimento de pertencer e a força do afeto os aproximará novamente? Ou a vida deles agora é apenas poeira ao vento? Num enredo cheio de suspense, encontros, desencontros e reencontros, Padura acompanha a trajetória de seus personagens, todos e cada um buscando soluções para as difíceis circunstâncias que se abateram sobre o povo cubano no fim do século XX e no início do século XXI. É a história de uma Cuba e de muitos destinos.

O livro já foi lançado na Espanha e na França, onde tem sido muito bem recebido. Na França, foi um dos indicados ao Prix Médicis Étranger, conceituado prêmio de romances estrangeiros. Uma leitura deslumbrante, um retrato humano comovente, outra obra-prima de Leonardo Padura.
 

Trecho do livro

O enclausuramento físico e mental que padeciam, sem terem consciência de quanto o padeciam (exceto Elisa, a british), fazia-os ver o mundo exterior como um mapa de duas cores antagônicas: países socialistas (bons) e países capitalistas (maus). Nos países socialistas (aos quais inclusive era viável viajar), construía-se arduamente o futuro perfeito (embora não estivesse ficando muito bonito, dizia Irving) de igualdade e democracia justa da ditadura proletária confiada à vanguarda política do Partido na fase de construção do comunismo, com cuja chegada seria alcançado o ápice da história, o mundo feliz. Nos decadentes Estados capitalistas imperavam a rapina e a discriminação, a exploração do homem pelo homem, a violência e o racismo, a hipócrita democracia burguesa, geravam-se guerras como a do Vietnã, produziam-se escândalos como o de Watergate, instauravam-se ditaduras sanguinárias como a do Chile, embora devessem reconhecer que de alguns desses lugares vinha a música que gostavam de ouvir, a roupa que preferiam vestir e até a maioria daqueles livros que adoravam ler (garantia Bernardo).

Autoria de

Autoria

Leonardo Padura

Autoria de Leonardo Padura
Tradução de Monica Stahel
Texto de orelha de Sylvia Colombo
Capa de Ronaldo Alves
Apoio de Ministerio de Cultura y Deporte da Espanha
Título original: Como polvo en el viento
Número de páginas: 544
Dimensões: 23 x 16 x 4 cm
Peso: 767,1 g
ISBN: 9786557171004
Encadernação: Brochura
Ano de publicação: 2021