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Este livro é o melhor tributo possível às vanguardas – à tribo de Joyce, à de Breton, à de Oswald, tão distintas –, hoje todas extintas, e ao seu legado, que continua vivo e presente na corrente sanguínea da cultura ocidental. - Nelson de Oliveira
A maioria dos contos tendem a uma transgressão formal, mas pertinente. Não têm uma ação, como os contos tradicionais. Tornam-se crônicas de um tempo sem fim, ou de um fim sem tempo. Esse tempo é o nosso, o do mundo informatizado. São contos, portanto, de denúncia. Mas são um protesto peculiar: são como garrafas com mensagens jogadas no mar, depois de um naufrágio. Isto é uma proeza meritória: tem méritos escrever contos na era do livro descartável. Os contos desta antologia enfrentam todos a mesma realidade: nossa linguagem se transformou num aquário; pequeno ou grande, não tem saída. Nesse mundo, as palavras articuladas assemelham-se a bolhas: elas espoucam, se sucedem e se desmancham no ar; a comunicação fica impossível. Qualquer coincidência com o nosso mundo é mera semelhança. Leitor ou leitora: bem-vindo à verdadeira era de Aquário. Ou dos aquários. - Flávio Aguiar