História e consciência de classe, cem anos depois

reflexões sobre o livro que mudou o pensamento crítico do século XX

Antonio Infranca, Eduardo Sartelli, Guido Oldrini, György Lukács, entre outros.

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História e consciência de classe, cem anos depois
  • organizador: José Paulo Netto (org.)
  • autor: Antonio Infranca
    Eduardo Sartelli
    Guido Oldrini
    György Lukács
    Henrique Wellen
    Koenraad Geldof
    Lucien Goldmann
    Marcos Nobre
    Mauro Luis Iasi
    Michael Löwy
    Nicolas Tertulian
    Ricardo Musse
    Slavoj Žižek
  • prefácio: Celso Frederico
  • orelha: Arlenice Almeida da Silva
  • capa: Antonio Kehl e Ivana Jinkings, a partir de Kasimir Malévich
edição:
1
selo:
Boitempo
páginas:
344
formato:
23cm x 16cm x 2cm
peso:
481 Gramas
ano de publicação:
2023
encadernação:
brochura
ISBN:
9786557172384

Organizada por José Paulo Netto, a obra busca celebrar e trazer para o debate do século XXI o monumental livro História e consciência de classe: estudos sobre a dialética marxista, de György Lukács, como forma de homenagear e celebrar os cem anos de sua publicação, ocorrida em 1923. Desde essa época, o livro foi alvo de polêmicas, duras críticas, mas também de aplausos e de reconhecimento.
 
A partir dos anos 1960, com o relançamento oficial, acrescentado de um prefácio escrito por Lukács, o interesse pelo livro se acentuou e uma série de estudiosos começou a debater seu conteúdo e sua importância na cena marxista. História e consciência de classe, cem anos depois, reúne vários pontos de vista sobre o livro, em treze textos, incluindo o prefácio de Lukács escrito para a edição de 1967. Assinam os artigos Antonino Infranca, Eduardo Sartelli, Guido Oldrini, Henrique Wellen, Koenraad Geldof, Lucien Goldman, Marcos Nobre, Mauro Luis Iasi, Michael Löwy, Nicolas Tertulian, Ricardo Musse e Slavoj Žižek. Celso Frederico é o autor do prefácio.
 
Os textos, alguns deles nunca traduzidos para o português, são reunidos aqui junto com outras  informações de natureza histórica e bibliográfica nem sempre facilmente localizáveis. Olhares múltiplos sobre um autor cujas ideias, por vezes desconcertantes, permanecem extremamente vivas e atuais.
 


Trecho

“Num antigo esboço autobiográfico de 1933, chamei o meu primeiro percurso intelectual de 'Meu caminho para Marx'. Os escritos reunidos neste volume abrangem meus anos de aprendizado do marxismo. Ao publicar os documentos mais importantes dessa época (1918-1930), minha intenção é justamente enfatizar seu caráter experimental, e de modo algum conferir-lhes um significado atual na disputa presente em torno do autêntico marxismo. Pois, diante da grande incerteza que reina hoje quanto à compreensão do seu conteúdo essencial e duradouro e do seu método permanente, essa clara delimitação é um mandamento da integridade intelectual. Por outro lado, as tentativas de compreender corretamente a essência do marxismo podem, ainda hoje, ter uma certa importância documental, se se adotar um comportamento suficientemente crítico tanto em relação a essas tentativas como em relação à situação presente. Por isso, os escritos aqui reunidos iluminam não apenas os estágios intelectuais do meu desenvolvimento pessoal, mas mostram, ao mesmo tempo, as etapas do itinerário geral, que não devem ser de todo sem importância, tomando-se a devida distância crítica, inclusive em relação ao entendimento da situação presente e ao avanço a partir da base fornecida por elas.” Prefácio (1967), de György Lukács.