O novo (e precário) mundo do trabalho, de Giovanni Alves, é um estudo profundo, crítico e inovador do processo de reestruturação produtiva do capital no Brasil recente, com ênfase nas repercussões e consequências mais diretas desse processo no mundo do trabalho e no movimento sindical.
A mundialização do capital estabeleceu um novo complexo de reestruturação produtiva que atingiu a objetividade e a subjetividade do mundo do trabalho. O seu "momento predominante" é o toyotismo, uma lógica de organização da produção de mercadorias com impacto universal e cujo principal objetivo é a constituição de uma subjetividade servil à lógica da valorização.
Para o autor, o principal elemento que caracteriza esse novo complexo de reestruturação produtiva é o seu potencial destrutivo sobre a classe trabalhadora, configurando O novo (e precário) mundo do trabalho. Esse novo mundo acarreta, dentre tantas outras consequências, enormes obstáculos e dificuldades para o avanço do movimento sindical.
No livro, Giovanni Alves chega a uma forte constatação: o novo complexo de reestruturação produtiva no Brasil tende a desenvolver uma precarização radical do trabalho, promovendo alterações importantes na materialidade do capital e nas formas de atuação do trabalho produtivo.