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Os laboratórios do trabalho digital
Autoria de Rafael Grohmann
Panorama detalhado dos desafios enfrentados pelos trabalhadores em um mundo dominado pela tecnologia e plataformas digitais. Com insights de renomados pesquisadores, revela como o trabalho mediado por algoritmos está moldando nossa sociedade e aponta caminhos para resistir à precarização do trabalho.
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O trabalho mediado por plataformas está presente em toda a sociedade. Termos como “plataformização”, “uberização”, “dados” e “algoritmos” são vocábulos definitivos na gramática do capital contemporâneo. Em contrapartida, as lutas dos trabalhadores também ganharam novos contornos, em artifícios como o cooperativismo de plataforma, o sindicalismo digital e as plataformas de propriedade dos trabalhadores.

Nesta obra, o cientista social Rafael Grohmann traça um panorama dos estudos sobre trabalho e tecnologia por meio de 38 entrevistas com os principais pesquisadores da área no Brasil e no mundo, como Virginia Eubanks, Jamie Woodcock, Ursula Huws, Ludmila Costhek Abílio e Ricardo Antunes.

Uma das várias lições deste livro é que o cenário atual do trabalho em plataformas não é inevitável como aparenta ser; é, pelo contrário, um laboratório. Se, por um lado, o capitalismo experimenta novos mecanismos de subjugação da classe trabalhadora, por outro é possível formular alternativas, construir projetos prefigurativos e lutar pela não precarização do trabalho gerido por algoritmos e realizado por milhares de trabalhadores em todo o mundo.
 

Trecho do livro

A uberização, na verdade, trata da transformação do trabalhador nesse profissional just-in-time. Acho que essa é uma forma de resumir a história, mas é uma definição complexa. A ideia do trabalhador just-in-time é consolidar uma forma de subordinação e gerenciamento do trabalho inteiramente apoiada em um trabalhador desprotegido. E essa desproteção é mais perversa do que a simples ausência de direitos, de uma formalização da jornada. É um trabalho totalmente desprotegido em termos legais porque o trabalhador é transformado em um autogerente de si próprio, que não conta com nenhuma garantia associada às leis trabalhistas. Mas penso que isso seja algo ainda mais profundo, que vai além do caráter da desproteção. Há a ideia de que é possível constituir uma multidão de trabalhadores disponíveis, que podem ser recrutados pelos meios tecnológicos existentes hoje. Então, eles são recrutados na exata medida das demandas das empresas ou do capital, se quisermos falar de uma forma mais genérica, não dispondo de garantia alguma sobre a própria forma de reprodução social.

– Ludmila Costhek Abílio

Autoria de Rafael Grohmann
Texto de orelha de Ruy Braga
Texto de quarta capa de Edemilson Paraná, Muniz Sodré e Nuria Soto
Apoio de MPT-Funcamp
Capa de Antonio Kehl
Número de páginas: 248
Dimensões: 23 x 16 x 2,0 cm
Peso: 349,7 g
ISBN: 9786557170748
Encadernação: brochura
Ano de publicação: 2021

SubTítulo 296331

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