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Posto na ilegalidade por Eurico Gaspar Dutra, com o apoio da maioria reacionária do Congresso Nacional, o PCB, pressionado também por suas bases, girou à esquerda e abandonou a linha colaboracionista e conciliadora de união nacional. Em 1948 lança o “Manifesto de Janeiro”, fazendo profunda e dura autocrítica de suas posições. No documento, reconhece que se deixara seduzir por “ilusões reformistas”. Também denuncia os vínculos do governo com o imperialismo estadunidense e com sua política internacional pró-Guerra Fria. Em sua autocrítica, chega a vislumbrar que o processo pós-1945 não destruíra as bases da autocracia burguesa no Brasil, caracterizada como “base do fascismo”: ‘É certo que, com os golpes cada vez mais sérios contra a democracia, o perigo fascista que jamais deixou de estar presente, já que não foram destruídas e nem mesmo de leve golpeadas suas raízes objetivas, torna-se hoje particularmente agudo no país’. Nesse sentido, o PCB afasta-se da lógica seguida até então, que era a de apostar na possibilidade de construção de uma democracia burguesa dentro de condições histórico-objetivas em que tais tarefas não seriam realizadas jamais por uma burguesia de extração colonial.