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O navio cambaleava como se tivesse sido esmurrado. Bellis foi arremessada contra a janela. Passageiros se dispersavam, gritando ou pedindo ajuda, pondo-se em pé com terror estampado nos olhos, lançando para fora do caminho cadeiras e bancos derrubados. – São Falastrão! O que foi isso? – gritou Johannes. Alguém ali perto rezava. Bellis lançou-se em meio à confusão dos outros passageiros que subiam até o convés. Os barquinhos blindados ainda singravam a bombordo do Terpsichoria. Porém, vindo do nada, a estibordo, onde ninguém estivera vigiando, assomou um imenso submersível negro. Tinha mais de trinta metros de comprimento, estriado de tubos, cravejado de barbatanas de metal segmentadas. A água do mar ainda escorria dele, das junções entre os rebites e dos rebordos abaixo das escotilhas. Bellis estacou diante da aparência nefasta daquilo. Marinheiros e oficiais gritavam em confusão, correndo de um lado para o outro na tentativa de se reagruparem. Duas portinholas no topo do submersível começaram a se abrir. – Vocês! – No convés, Cumbershum apontava para os passageiros. – Para dentro! Agora! Bellis voltou ao corredor. Falastrão me ajude ah deuses puta merda, pensou ela, em fluxo caótico. Olhou ferozmente em torno e viu passageiros que corriam de um lugar para o outro sem nenhum objetivo.”