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Durante o primeiro ano de Dilma na presidência, não tivemos levantes de grande impacto no Brasil. Mas perto de minha casa, no centro de São Paulo, na mesma rua das antigas instalações da Indymedia Brasil, eu podia sentir os leves tremores que conectavam as ruas abaixo de mim ao espírito da era. Os protestos do Movimento Passe Livre tinham ocorrido mais cedo naquele ano, embora não conseguissem impedir o aumento da passagem de ônibus. Em junho houve a Parada do Orgulho LGBT, que dominou inteiramente meu quarteirão. Em termos globais, São Paulo é um lugar muito tolerante, e a chamada ‘Parada Gay’ sempre foi grande. Naquele ano, porém, quatro milhões de pessoas inundaram as ruas. E houve a Marcha da Maconha, que reuniu um grupo muito diverso. Mayara estava lá, é claro. Embora não fosse o tipo de evento ruidoso, diretamente de confrontação, que seu MPL organizava, havia muita gente do movimento autônomo nas ruas, e o dia terminou com choques contra a polícia. O bastante pequeno mas muito bem organizado movimento libertário de direita no Brasil também levou pessoas às ruas naquele dia – mas não foram elas que enfrentaram a polícia”.
"Referência indispensável para os militantes de hoje e de amanhã.” — Rodrigo Nunes
"Um livro incrível. É urgente pensar criticamente sobre o que movimentos contestatórios podem aprender com os equívocos e fracassos do passado. É a nossa única esperança.” – Naomi Klein