Product main image - 8a8f2960-9610-4e7f-885c-0fd38fcace81
image_f228bd7e-bdc7-4ff8-bf56-de3d37531746
A década da revolução perdida
a onda de manifestações que incendiaram o mundo
Autoria de Vincent Bevins
Na década passada, mais pessoas participaram de manifestações do que em qualquer outro momento da história da humanidade. O saldo global, contudo, foi na melhor das hipóteses variado: com alguns êxitos pontuais mas também uma onda de implicações políticas desastrosas, com guinadas reacionárias, processos de cooptação e intervenções estrangeiras. A década da revolução perdida é um ambicioso trabalho de história, construído em torno de uma questão vital: Como tantos protestos de massa levaram ao oposto do que reivindicavam?

R$ 93,00

Quantidade:


Calcule o frete e prazo de entrega

Da chamada Primavera Árabe ao Gezi Park, na Turquia, passando pelo Euromaidan, na Ucrânia, às rebeliões estudantis no Chile e as Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, Vincent Bevins narra com uma eletrizante riqueza de detalhes os desdobramentos de cada um dos mais diversos movimentos de massa que marcaram essa década turbulenta. Resultado de quatro anos de pesquisa e centenas de entrevistas realizadas em todo o mundo, bem como no próprio trabalho do autor como correspondente internacional, o livro combina relatos de primeira mão sobre os acontecimentos nas ruas com um olhar aguçado para os fatores geopolíticos em jogo.
 
Uma investigação atenta revela que nossos saberes convencionais sobre como ocorrem transformações revolucionárias são bastante equivocados. Nesta obra inovadora, manifestantes e atores-chave refletem sobre os sucessos e as derrotas, sobre os arrependimentos e os arrebatamentos dessa década incendiária, nos oferecendo lições urgentes para o futuro.

Trecho do livro

Durante o primeiro ano de Dilma na presidência, não tivemos levantes de grande impacto no Brasil. Mas perto de minha casa, no centro de São Paulo, na mesma rua das antigas instalações da Indymedia Brasil, eu podia sentir os leves tremores que conectavam as ruas abaixo de mim ao espírito da era. Os protestos do Movimento Passe Livre tinham ocorrido mais cedo naquele ano, embora não conseguissem impedir o aumento da passagem de ônibus. Em junho houve a Parada do Orgulho LGBT, que dominou inteiramente meu quarteirão. Em termos globais, São Paulo é um lugar muito tolerante, e a chamada ‘Parada Gay’ sempre foi grande. Naquele ano, porém, quatro milhões de pessoas inundaram as ruas. E houve a Marcha da Maconha, que reuniu um grupo muito diverso. Mayara estava lá, é claro. Embora não fosse o tipo de evento ruidoso, diretamente de confrontação, que seu MPL organizava, havia muita gente do movimento autônomo nas ruas, e o dia terminou com choques contra a polícia. O bastante pequeno mas muito bem organizado movimento libertário de direita no Brasil também levou pessoas às ruas naquele dia – mas não foram elas que enfrentaram a polícia”.

"Referência indispensável para os militantes de hoje e de amanhã.” — Rodrigo Nunes

"Um livro incrível. É urgente pensar criticamente sobre o que movimentos contestatórios podem aprender com os equívocos e fracassos do passado. É a nossa única esperança.” – Naomi Klein

Autoria de

Autoria de Vincent Bevins
Capa de Maikon Nery
Revisão de tradução de Allan M. Hillani
Texto de orelha de Rodrigo Nunes
Texto de quarta capa de Greg Grandin, Naomi Klein e Rosana Pinheiro-Machado
Tradução de Carlos Eduardo Matos
Título original: If We Burn: The Mass Protest Decade and the Missing Revolution
Páginas: 344
Formato: 23cm x 16cm x 2cm
Peso: 475g
Ano Publicação: 2025
Encadernação: Brochura
ISBN: 9786557174272