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Crítica impura
Coletânea rica em análises e ensaios de um dos fundadores do PCB, abordando uma ampla gama de questões do século XX. Com uma prosa cristalina, faz um mergulho em debates de seu tempo, demonstrando um pensamento intrinsecamente ligado ao marxismo e seu compromisso com o engajamento político.
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Em 2022, ano do centenário de fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), a Boitempo e a Fundação Astrojildo Pereira relançam um autor fundamental da nossa cultura: Astrojildo Pereira (1890-1965). Crítica impura é uma das cinco novas edições de obras lançadas em vida pelo fundador do PCB. Editado originalmente em 1963, Crítica impura foi o último livro publicado por Astrojildo. Seu conteúdo é uma reunião de textos publicados originalmente em diferentes jornais e revistas e selecionados para compor três eixos temáticos.

A primeira parte é dedicada à literatura, com estudos sobre a vida e obra de autores como Machado de Assis, Eça de Queiroz, Monteiro Lobato, José Veríssimo e outros. Nesse momento, pode-se ver a produção que colocou Astrojildo entre os principais críticos literários brasileiros. A segunda aborda a China comunista na qual Astrojildo analisa uma série de relatos de viagens sobre o país asiático feitos durante os anos 1950 e 1960. Apresenta-se, então, um militante comunista atento ao processo revolucionário chinês que havia ocorrido há pouco. O último eixo tem como assunto comum as vinculações entre política e cultura, reunindo textos de intervenção pública que marcaram a trajetória política de Astrojildo em diversos debates centrais do Brasil da metade do século XX.

A nova edição conta com uma nova padronização editorial e atualização gramatical. Foram incorporados novos textos buscando enriquecer a experiência de leitura. O Prefácio é assinado pela jornalista Josélia Aguiar e a orelha pelo jornalista Paulo Roberto Pires. Tais especialistas conseguiram desvendar diversos aspectos fundamentais da relevância de Astrojildo para o mundo cultural brasileiro no século XX. Um texto de Leandro Konder (1936-2014) sobre a vida e a obra de Astrojildo Pereira foi incluído como anexo. Konder, que foi um amigo pessoal de Astrojildo, apresenta nesse raro texto, editado uma única vez, uma síntese da biografia do personagem, mas não só, destaca também aspectos de sua personalidade, demonstrando o conhecimento íntimo sobre seu objeto. Em outros termos, trata-se de um observador privilegiado.
 

Trecho do livro

Lima Barreto não era um marxista, longe disso, e nem se pode vislumbrar nos seus escritos nenhum pendor para trabalhos e estudos teóricos que o levassem a uma adesão plena às concepções filosóficas do marxismo. Desde jovem se afizera ao trato dos livros, mas sua formação sofria do mal muito comum do ecletismo, uma certa mistura de materialismo positivista, de liberalismo spenceriano, de anarquismo kropotkiniano e de outros ingredientes semelhantes. Nascido, no entanto, de família pobre, vivendo sempre na pobreza e no meio de gente pobre, fez-se escritor por vocação — escritor honesto e consciente da sua condição. Como tal, encarava a realidade frente a frente, com um agudo poder de observação, e honradamente exprimia o que pensava e sentia acerca dos problemas que afetavam a vida do nosso povo. Por isso, creio eu, é que Lima Barreto, não obstante as insuficiências da sua formação cultural, pôde e soube ver as coisas muito melhor que os escritores e articulistas que pontificavam na grande imprensa do seu tempo.

Autoria de Karl Marx
Tradução de Rubens Enderle
Texto de orelha de Virgínia Fontes
Prefácio de Michael Löwy
Texto de quarta capa de Michael Löwy
Título original: Kritik des Gothaer Programms
Coleção: Marx & Engels
Número de páginas: 144
Dimensões: 23 x 16 x 1,5 cm
Peso: 203,1 g
ISBN: 9788575591895
Encadernação: Brochura
Ano de publicação: 2012