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O que é antirracismo?
E por que significa anticapitalismo
Autoria de Arun Kundnani
O racismo é um problema subjetivo e individual ou um fenômeno estrutural e econômico? Neste livro, Arun Kundnani apresenta um ponto de vista original sobre o assunto ao traçar as diferenças cruciais entre o antirracismo liberal, que emergiu pós Segunda Guerra Mundial, e o antirracismo radical, que tem como origem, principalmente, os países do Sul Global que passaram por violências coloniais e de ocupação.
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Baseada em rigorosa pesquisa, a obra mostra como a questão foi tratada ao longo das últimas décadas do século XX, por meio dos movimentos políticos e culturais. Acessível, conta a história de dois antirracismos e seus caminhos até aqui e mostra as ideias e os trabalhos de diferentes autores como Magnus Hirschfeld, Ruth Benedict e Franz Boas, até chegar em teses mais radicais e abrangentes como os trabalhos de C. L. R James, Aimé Césaire, Frantz Fanon, Claudia Jones, Martin Luther King Jr. e muitos outros. 

Para Kundnani, só é possível desarticular o racismo após o entendimento de sua natureza: “Sem isso, o antirracismo é mais um exercício de desenvolvimento pessoal para pessoas brancas do que algo capaz de provocar uma mudança estrutural efetiva”, escreve.

Indicações 

“Um livro esplêndido com um alcance impressionante.” – Ruth Wilson Gilmore 

“O leitor encontrará aqui várias respostas para os dramas e desafios da luta antirracista no Brasil.” - Jones Manoel 

Trecho do livro

“A grande inovação da versão liberal do conceito foi combinar formas separadas de opressão com base nas semelhanças das doutrinas que as legitimavam. A palavra ‘racismo’ conectou as crenças antissemitas que estavam no núcleo do nazismo, os sistemas de crenças que justificavam o colonialismo europeu e as crenças supremacistas brancas ligadas ao tratamento dado aos negros nas sociedades pós-escravistas das Américas. As analogias entre essas doutrinas foram fundamentais para o antirracismo liberal. Mas o método da analogia não foi aplicado de modo homogêneo. Como os usos liberais da palavra ‘racismo’ derivavam da tentativa de compreender o nazismo, havia uma tendência dos pensadores liberais de entender os outros racismos pelas lentes desse paradigma, e não o contrário. Além disso, o próprio nazismo era compreendido de maneira particular: como uma questão de ódio alimentado pela propaganda que corrompia a razão liberal ao explorar preconceitos irracionais preexistentes, talvez exacerbados por dificuldades econômicas, como os liberais supunham ter ocorrido na Alemanha nos anos que precederam a tomada do poder pelos nazistas”.

“Podemos ver mais claramente o que Trump representa se pensarmos no fascismo da maneira proposta pelos antirracistas radicais. Para Césaire e James, o fascismo não se restringia a um momento de colapso, no qual a nação decai no autoritarismo, mas, mais fundamentalmente, à violência racista que órgãos governamentais administravam cotidianamente. Historicamente, formas de violência estatal semelhantes às do fascismo estiveram presentes em contextos coloniais por longos períodos, atuando por meio de instituições nominalmente liberais, antes que essa conjunção se desfizesse, abrindo caminho para a destruição de governos liberais na própria Europa. De maneira similar, no caso estadunidense, a ascensão do fascismo nos últimos anos está fortemente ligada às guerras neocoloniais dos Estados Unidos no exterior. Após a Guerra do Vietnã, um movimento de White Power se reuniu em torno dos veteranos, congregando a Ku Klux Klan, neonazistas, skinheads e outros militantes. Desde então, o movimento prospera na rebarba das intermináveis e malsucedidas guerras dos Estados Unidos”.

Autoria de

Autoria de Arun Kundnani
Capa de Mateus Rodrigues
Texto de orelha de Pedro Paulo Zahluth Bastos
Texto de quarta capa de Ruth Wilson Gilmore e Jones Manoel 
Tradução de Pedro Davoglio
Título original: What Is Antiracism?: And Why It Means Anticapitalism?
Páginas: 288
Formato: 23cm x 16cm x 2cm
Peso: 400g
Ano Publicação: 2025
Encadernação: Brochura
ISBN: 9786557175279