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Stasis
a guerra civil como paradigma político
 
Autoria de Giorgio Agamben
Stasis é o nome da guerra civil na Grécia antiga – um conceito tão perturbador que a filosofia política posterior preferiu deixá-lo à margem, sem jamais transformá-lo em objeto de uma doutrina consistente nem mesmo entre os teóricos da revolução. Neste ensaio instigante, livro II, 2 da tetralogia Homo sacer, Giorgio Agamben propõe os primeiros passos rumo a uma “stasiologia”, uma teoria da guerra civil, e sustenta que é precisamente ela, a guerra civil, a verdadeira linha de fronteira da politização no Ocidente. Um dispositivo paradoxal que, ao longo da história, ora despolitizou a cidadania, ora mobilizou o impolítico – e que ressurge sob a forma do terror em escala planetária.
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Agamben reconstrói esse paradigma a partir de dois polos opostos e, ao mesmo tempo, solidários: o clássico, segundo o qual a guerra civil é parte constitutiva da pólis, a ponto de quem dela não participa ser privado de direitos políticos; e o moderno, representado pelo Leviatã de Hobbes, que tenta bani-la, mas acaba por introduzir, no próprio conceito de povo, a cisão que a torna possível.

No século XX, é Carl Schmitt quem reabilita o estado de natureza temido por Hobbes, fazendo da periculosidade do homem natural o único conteúdo da vida civil: política e guerra, aqui, pressupõem-se mutuamente. Essa visão trágica confronta-se com a leitura de Johan Huizinga, que inscreve a guerra no domínio do jogo, sugerindo que sua origem seria ritual, iniciática, voltada não ao extermínio do inimigo, mas à criação de vínculos – um “jogo sério” que, com o tempo, foi sequestrado pelo Estado e redirecionado a outros fins, à medida que o inimigo se tornava figura do inumano, passível de extermínio.

Trecho do livro

“O fato de faltar, atualmente, uma doutrina da guerra civil é geralmente admitido, sem que essa lacuna pareça preocupar demasiadamente juristas e politólogos. Roman Schnur, que já nos anos 1980 formulava esse diagnóstico, acrescentava, contudo, que a desatenção em relação à guerra civil caminhava no mesmo ritmo que o aumento da guerra civil mundial1. Depois de trinta anos, a observação não perdeu nada da sua atualidade. Enquanto hoje parece ter diminuído a própria possibilidade de distinguir guerra entre Estados e guerra intestina, os estudiosos competentes continuam evitando com cuidado qualquer tipo de aceno a uma teoria da guerra civil”.

Apoio de SEPS – Segretariato Europeo per le Pubblicazioni Scientifiche
Autoria de Giorgio Agamben
Capa de Livia Viganó
Prefácio de Isabela Pinho
Tradução de Patricia Peterle
Coleção: Estado de sítio
Título original: Stasis. La Guerra civile come paradigma politico. Homo sacer II, 2
Páginas: 104
Formato: 21cm x 14cm x 2cm
Peso: 200g
Ano Publicação: 2025
Encadernação: Brochura
ISBN: 9786557174692