CAIXA DO MÊS | AGOSTO 2025

AutorIia: Anna Kornbluh

Tradução: Nélio Schneider

Prefácio: Rita von Hunty

Orelha: Silvia Viana

AutorIia: Anna Kornbluh

Capa: Thiago Lacaz

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Imediatez: ou o estilo do capitalismo tardio demais 

O que a autobiografia de Michelle Obama, a onda de exposições artísticas imersivas e a série Fleabag têm em comum com a catástrofe climática, o sucateamento das universidades e a uberização do trabalho? Imediatez parte do gesto audacioso – e fora de moda – de propor uma chave mestra para diagnosticar o capitalismo contemporâneo. 

Seja você mesmo, sem filtro, fale a real, conte sua própria história, sem artifícios ficcionais ou estéticos, promova uma conexão direta, sem média nem mediação... Anna Kornbluh identifica que os valores que marcam a paisagem cultural hegemônica do nosso tempo não apenas são enganosos – um estilo caracterizado por uma pretensa “ausência de estilo” –, como são imperativos decalcados da nova fase que o capitalismo ingressou nas últimas décadas.  

Atualizando o diagnóstico de Fredric Jameson que marcou época, Imediatez: ou o estilo do capitalismo tardio demais indaga o que vem depois do pós-modernismo e formula uma resposta à altura. Em um momento no qual as urgências econômicas, ecológicas e sociais do presente transformaram em um luxo supérfluo a opacidade das obras de arte, desvios literários e reflexão demorada, este livro aposta no poder de revelação da crítica cultural dialética para reabilitar o espaço da política no século XXI.  

Kornbluh se debruça sobre a forma e o conteúdo dos filmes e séries mais comentados do streaming, os queridinhos de crítica e público da literatura de autoficção, as tendências do mundo da arte e até as modas acadêmicas para explicar o que está por trás da atual intolerância à mediação e à representação. Mas não só, aponta também alternativas presentes nos produtos culturais e teóricos mais desafiadores que priorizam a distância, a impessoalidade e as grandes ideias: “A recusa ética e política ao ‘capitalismo de imediatez’ aparece como fissura no tecido discursivo da catástrofe e do colapso que tenta nos impedir de ver que, embora pareça ‘tarde demais’, o tempo de agir é sempre o nosso tempo de vida”, escreve Rita von Hunty no prefácio. 
 

“Kornbluh mata a charada da nova reificação” — Silvia Viana 

“Brilhantemente escrita, esta montanha-russa em forma de livro é uma intervenção combativa urgente.” — Jonathan Crary 

 “Uma revitalização primorosa da crítica para uma época chafurdada no dilúvio da autoapresentação. Ao priorizar estrutura sobre estilo, representação sobre personalização e coletividade sobre narcisismo, Kornbluh cria um espaço para o pensamento – o espaço necessário para a política.” — Jodi Dean 

“Este livro expõe de maneira magistral o núcleo comum de uma série de problemas e fenômenos que nem sempre associamos entre si. O imperativo da imediatez e sua lógica sufocante são as marcas registradas do que Kornbluh denomina “capitalismo tardio demais”. Recorrendo à filosofia, à psicanálise e à arte, ela monta uma defesa vívida, apaixonada e profundamente convincente da mediação e sua capacidade tão necessária de romper imaginativamente com o meramente dado. Um livro precioso, que vai muito além de preocupações puramente acadêmicas.” — Alenka Zupancic 

“Anna Kornbluh acerta em cheio nesta crítica destemida, espirituosa e conceitualmente firme à cultura capitalista contemporânea e a seu desejo de aniquilar a negação. Ao mesmo tempo, a autora ‘nega a negação’, mostrando como as coisas poderiam ser diferentes. Um livro impossível de ignorar.” — Sianne Ngai 

“O título o posiciona como sucessor da obra de Fredric Jameson que definiu toda uma era. Mas não é presunção se você bancar – e Imediatez está à altura da comparação.” — ArtReview 

Anna Kornbluh é professora de Inglês na Universidade de Illinois, Chicago, onde pesquisa e leciona sobre literatura, cinema e teoria cultural marxista. Ela é autora de The Order of Forms: Realism, Formalism, and Social Space, Marxist Film Theory and Fight Club e Realizing Capital. 

Na TV Boitempo, Ricardo Antunes nos fala o que é alienação.

CAIXA DO MÊS | AGOSTO 2025

Organizadores: Michael Löwy e Julia Câmara

Tradução: Natalia Chaves e Isadora Matos

Quarta capa: Sabrina Fernandes

Capa: Maikon Nery

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Manifesto por uma revolução ecossocialista: romper com o crescimento capitalista

A questão ecológica está no centro deste manifesto, aprovado no 18° Congresso da IV Internacional, de 2025.  O ecossocialismo não é apenas um capítulo do programa, mas o seu fio condutor. A ameaça de uma mudança climática catastrófica é o centro das preocupações deste texto. 

O socialismo proposto pelo manifesto é radicalmente diferente dos modelos que dominaram o século passado ou de qualquer regime ditatorial: é um projeto radicalmente democrático, que incorpora as contribuições das lutas feministas, ecológicas, antirracistas, anticolonialistas, anti-imperialistas, antimilitaristas e LGBTQI+. 

O texto busca formular uma perspectiva revolucionária capaz de enfrentar os desafios do século XXI e inspirar as atuais lutas anticapitalistas, sociais e ecológicas que têm se desenvolvido em diferentes lugares do mundo.