José Adolfo de Granville Ponce

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Faleceu em São Paulo, com 81 anos de idade, na manhã do último dia 19 de abril, o companheiro Jose Adolfo de Granville Ponce, editor e jornalista profissional, preso no exercício de sua profissão durante a ditadura como militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN) em janeiro de 1969.

Como a maioria de seus companheiros na altura sofreu inúmeras torturas passando dois anos e meio na prisão, deixando o Presídio Tiradentes em junho de 1971.

Organizou com o também jornalista Alípio Freire e o escritor Izaías Almada uma coletânea de depoimentos sobre o período: Tiradentes, um presídio da Ditadura, editado pela Scipione Cultural.

Como jornalista trabalhou nos jornais Correio da Manhã, Tribuna da Imprensa e Asa Press, no Rio de Janeiro, e Diários Associados, revista Realidade em São Paulo.

Alegre, comunicativo, após a sua aposentadoria costumava receber em sua casa no Jardim Previdência antigos companheiros de militância, promovendo alguns memoráveis churrascos e acaloradas discussões sobre o processo político brasileiro após a redemocratização do país.

Granva, como era chamado carinhosamente pela família e pelos companheiros, nasceu na cidade de Pirajuí, São Paulo em 16 de maio de 1933, tendo sido militante do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB), de onde saiu para ingressar na ALN, liderada por Carlos Marighela.

Deixou a companheira Maria Aparecida Baccega, professora aposentada da USP e os filhos Walter e Fabiano.

3 comentários em José Adolfo de Granville Ponce

  1. Avatar de Desconhecido Arlete Moyses // 22/04/2015 às 4:18 pm // Responder

    Gostaria de enviar um abraço carinhoso para a família em especial para a “bacega” como carinhosamente era chamada durante o período da ditadura quando dávamos aulas juntos no curso de madureza Santa Inês.
    O abraço se estende para todos os que conheceram Granville que permanecerá sempre presente.

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  2. Avatar de Desconhecido Dácio Antônio de Castro // 24/04/2015 às 5:02 pm // Responder

    Caríssimos Baccega e Walter e Fabiano

    Ainda chocado com a notícia, aproveito para lhes dar um forte abraço de solidariedade e dividir a dor e o sofrimento causados pelo desaparecimento do caro Granville.
    Também fui companheiro de magistério com a Baccega no curso de madureza Fernão Dias Pais, em Osasco, e não esqueço do quanto ela ajudou a divulgar minha prisão em plena sala de aula pelos brucutus da Oban, na tentativa de encontrar algum advogado que pudesse acompanhar o caso. Mais tarde, fui professor do Fabiano no Anglo.
    Granville foi um sujeito sempre destemido e arrojado. Acompanhei sobretudo o lançamento do Jornalivro, um dos muitos projetos que ele implantou, com enorme coragem e criatividade.
    Teremos sempre a lembrança dele como um líder.
    Abraço carinhoso em todos vocês.

    Dácio ()

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  3. Passou também pela revista REALIDADE, trabalhamos juntos lá.

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