Bruna Della Torre

A imaginação apocalíptica

22/07/2025 // 2 comentários

Bruna Della Torre: "Não se trata de dizer que imaginar o fim do mundo é mais fácil do que conceber o fim do capitalismo — como fizeram Fredric Jameson e Mark Fisher na formulação já estilhaçada pelo clichê. Ao contrário, imaginar o fim do mundo nunca foi tão 'fun'. O apocalipse fascina." [...]

“Quasi una fantasia”? Theodor W. Adorno, feminismo e indústria cultural

29/03/2025 // 1 comentário

Bruna Della Torre: "O exame de Adorno considera principalmente a dicotomia entre as esferas de produção e consumo ao abordar a indústria cultural. No entanto, para uma interpretação feminista da indústria cultural, é necessário considerar um terceiro elemento [...] que atravessa os domínios de produção e consumo e que é pressuposto por eles: a reprodução social." [...]

Sobre Schwarz – sobre Adorno [sobre Beckett]

30/12/2024 // 1 comentário

Bruna Della Torre escreve sobre "O mundo bloqueado", ensaio de Roberto Schwarz recentemente publicado: "Schwarz mostra que a teoria literária que interessa deve estar informada por uma teoria da sociedade e, por sua vez, construir essa também a partir da arte, ou seja, que há uma dialética entre forma estética e forma social, que não permite que uma prescinda da outra." [...]

Armas e manteiga, napalm e TV a cores: a atualidade de Herbert Marcuse em quatro pontos

31/10/2024 // 1 comentário

Bruna Della Torre e Eduardo Altheman escrevem sobre a atualidade de O homem unidimensional: "Marcuse nos convida a perguntar: quais teorias devemos criticar hoje? Quais são as manifestações da razão tecnológica nas humanidades? Quais são as forças que se opõem a essas tendências? A perda da imaginação em ambientes como a universidade, que deveriam dela se alimentar, é um colapso que acompanha todos os outros que estão em curso e precisa ser discutido para que a ciência e a filosofia possam novamente transcender a realidade ao invés de perder o pouco tempo que temos, com a aceleração da catástrofe climática e social, descrevendo acriticamente programas de televisão." [...]

Vento nas velas. Fredric Jameson (1934-2024)

25/09/2024 // 3 comentários

Bruna Della Torre: "Com Jameson, aprendi que mais do que saber repetir direitinho tudo que estava presente na obra de Adorno e da Teoria Crítica, o esforço que valia era tentar refletir sobre como essa teoria ilumina o presente. Essa era a graça da coisa toda, dizia ele. Nenhum exercício de conformação, mas liberdade, liberdade radical diante dos textos (dentro do que sua matéria, permite, evidentemente) e disposição para levar determinados autores aonde esses mesmos não quiseram ir." [...]