Flávio Aguiar

Karl Marx romancista e dramaturgo?

12/11/2018 // 1 comentário

O mais recente lançamento da coleção Marx-Engels da Boitempo traz à luz um Karl Marx muito pouco conhecido, e jamais traduzido para a língua portuguesa. Carlos Eduardo Ornelas Berriel, Tercio Redondo e Flávio Aguiar escrevem sobre "Escritos ficcionais", de Marx, no Blog da Boitempo. [...]

As eleições e as comparações perigosas

09/08/2018 // 10 comentários

Por Flávio Aguiar / Afinal, quem é o Trump brasileiro? Bolsonaro poderia ser equiparado a uma Marine Le Pen? Debaixo desse tipo de “comparação perigosa”, a que mesmo as esquerdas são convidadas, fica o ímpeto do desfoque de herança colonial. É como se para nos apoderarmos de nossa própria história precisássemos da comparações europeias ou, pelo menos, advindas do hemisfério norte. [...]

Os juízes sem juízo

26/01/2018 // 22 comentários

Por Flávio Aguiar / "Disse o excelente jornalista Mark Weisbrot no NY Times que as argumentações apresentadas contra o réu não seriam aceitas num tribunal norte-americano. Porque falavam apenas de indícios e de denúncias de gente favorecida por os e as apresentarem, não de provas. Mas é bom devolver a Washington o que é de Washington. Ao contrário do que diz o senso comum, inclusive o de esquerda, o modelo em voga de “soft coup” ou de “golpe branco” não nasceu em Honduras." [...]

O Brasil e os sete pecados capitais

11/01/2018 // 5 comentários

Por Flávio Aguiar / "Se há uma disposição de ânimo que vem movendo esta inclinação conservadora que hoje impera mundo afora, é a do ressentimento. Este encontra o seu correlato na hipocrisia que domina o estilo dos políticos que tentam se afinar com ele. Mas além desta dupla quase musical, Ressentimento & Hipocrisia, há outros sentimentos movendo os moinhos de hoje. E são ligados, descobri, aos antigos Sete Pecados Capitais da tradição cristã." [...]

O Dia D

07/09/2017 // 3 comentários

Por Flávio Aguiar / "Quando criança eu adorava soldadinhos de chumbo. Os que eu tinha eram herança de meu avô e de meu pai. Resistiram ao tempo, resistiriam a mim." [...]

As minhas revoluções soviéticas

17/08/2017 // 1 comentário

Por Flávio Aguiar / "A evocação mais pungente e pessoal dos tempos soviéticos se deu em conversa com um velho professor de História e militante comunista. Perguntado se ele tinha saudade do regime comunista, ele disse que não (isto em 1996, cinco anos depois da queda do Muro). Disse que o regime virara algo policialesco, mais ocupado em controlar seus cidadãos do que em combater 'o outro lado'. Mas acrescentou: 'eu tenho saudades dos sonhos que tive, e hoje não tenho mais'. Esta crônica é dedicada, como homenagem, a este velho militante, o Comunista Desconhecido, cujo nome não sei, e a seus sonhos. Que eles possam renascer das cinzas em que hoje estamos mergulhados." [...]

Lembrança de Marco Aurélio Garcia

21/07/2017 // 3 comentários

Por Flávio Aguiar / "Esta é a lembrança mais constante que tenho dele: sorridente e feliz, engraçado e irônico, profundo e grave nos momentos necessários, mas sempre pronto para um pique veloz na direção da alegria e do bom humor." [...]

Os grandes detetives têm intuições, convicção e… provas!

05/07/2017 // 5 comentários

Por Flávio Aguiar / "O mais famoso dos primeiros detetives da Scotland Yard – Jack Whicher –, lembra, de longe, os tenazes procuradores e juízes de Curitiba, Brasília e arredores, empenhados em desdobrar em acusações as suas convicções arraigadas em sua personalidade. Além disto, Whicher, reconhecidamente, inspirou a criação de uma plêiade de detetives ingleses, incluindo o famoso Sherlock Holmes. É. Mas há diferenças gritantes. A mais importante delas é a de que uma vez estabelecida a sua convicção, o trabalho do detetive se concentrava na obtenção de provas materiais que a corroborassem. Sem isto, o caso desabava. " [...]