Marcos Barreira: "O confronto com o bolsonarismo, no contexto das eleições, precisa ser feito a partir da denúncia dos riscos a que ele submete o conjunto da sociedade e em nome da contenção imediata dessa ameaça." [...]
Luis Felipe Miguel: “O resultado das eleições de outubro aponta, assim, para a perenização da polarização assimétrica entre uma esquerda light e uma direita agressiva – o que significa manter a debilitada democracia brasileira sob tensão. Mas outros desdobramentos são possíveis.” [...]
Carlos Eduardo Martins: "Confrontar o fascismo exige atacá-lo não apenas em sua superfície ou em sua face mais caricatural, mas também em suas profundas raízes sociais. O fascismo no Brasil tem dimensões estruturais." [...]
Berenice Bento: "Quero eleger Lula e espero que a excepcionalidade que ainda representa sua presença no poder seja superada e que minha vontade, em algum momento, se encontre com a história desse país que ainda vive sob o signo da Casa-Grande. Faremos nossas disputas na dimensão institucional, mas não nos esqueçamos de que é ali, na esquina, na sala de aula, nos debates difusos e rizomáticos, que novos valores devem ser disputados." [...]
Ricardo Antunes: "Com a pandemia se misturando ao pandemônio, com quase 700 mil mortes, a palavra genocida voltou à tona, somando-se ao sentimento popular de que a política é o espaço preferencial do larápio." [...]
Bruna Della Torre: "Vamos depositar as esperanças em Lula e lutar para que ele vença as eleições no primeiro turno. Mas devemos cobrar do próximo governo que crie as condições para que as armas se tornem uma mercadoria prescrita e indesejável e a 'escala F', um modelo ultrapassado e sem utilidade para pensar o país." [...]
Mauro Iasi: "Todos nós, eu inclusive, estávamos tão preocupados com um golpe, talvez por um viés racional, que podemos ter nos descuidado em analisar um dos desfechos possíveis desta aventura que as classes dominantes e aqueles que apostaram na conciliação de classes nos meteram. Era previsível que neste país nem a barbárie explodisse de forma organizada." [...]
Urariano Mota: "A extrema-direita, que depois do fim à brasileira da ditadura, envergonhava-se ou permanecia em silêncio, agora está com os demônios soltos." [...]
Boaventura de Sousa Santos: "O perigo do colapso da democracia brasileira, embora real, não é iminente. A retórica do golpe é muito mais eficaz em instalar o medo do que em condicionar opções finais." [...]
Felipe Brito analisa como o bolsonarismo aprofundou a devastação do mercado de trabalho no Brasil, reforçando uma dinâmica estrutural de nossa formação social de base colonial, escravocrata e concentradora de renda. [...]