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Diário de um intelectual de Terceiro Mundo: a Revolta do Contestado

24/07/2025 // 1 comentário

Douglas Barros viaja ao interior do Paraná para uma conferência e descobre as marcas da maior guerra civil camponesa do Brasil: "Não podemos esquecer que as cidades modernas, construídas como suporte da mercadoria, foram projetadas também como lugares de esquecimento (...). À medida que a estrada era atravessada, mais se desnudava para mim uma realidade histórica invisibilizada pelas mesmas elites de sempre." [...]

Luis Felipe Miguel e a seletividade penal 

25/06/2025 // 1 comentário

Douglas Barros debate com artigo recente de Luis Felipe Miguel: "No seu discurso, as facções são quase objetos etéreos: o domínio de um território é quase uma contingência não delimitada pela história nem sequer pela forte relação simbiótica que as facções têm com o Estado. E, portanto, é como se a reprodução cultural pudesse escapar do seu lugar de produção." [...]

Nem afropessimismo, nem decolonialismo! 

07/05/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "Kevin Ochieng Okoth, em 'África vermelha', resolve torcer o parafuso da questão: o neoliberalismo não é apenas uma racionalidade que impõe a semântica dos movimentos sociais sequestrando a identidade racial, como também é uma prática política que organizou um novo mecanismo imperialista." [...]

Anitta é Larissa: a verdade segue sendo um momento do falso

09/04/2025 // 1 comentário

Douglas Barros comenta o documentário "Larissa: o outro lado de Anitta": "Freud e Lacan pensam o duplo que nos habita como forma inconsciente de se relacionar com o mundo. Apesar de sermos divididos entre o sujeito do inconsciente e do consciente, essa duplicidade não se relaciona imediatamente com o ego conscientemente articulado. Exatamente, por isso, toda tentativa de consolidação de um duplo de maneira consciente fracassa." [...]

Por uma filosofia radicalmente antifascista

13/03/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "É curioso como entender o identitarismo atual nos ajuda também a compreender como a filosofia deixou de ter um papel perigoso para se somar às forças de contenção pela ordem. Mas como se produziu o identitarismo?" [...]

Sai do fake, Naomi Klein!

15/02/2025 // 1 comentário

Como alguém que já admiramos pode de repente se tornar um fascista? Douglas Barros desdobra essa e outras reflexões de "Doppelgänger", mais recente livro de Naomi Klein. [...]

A regra é: você tem que gozar, mas…

14/01/2025 // 1 comentário

Douglas Barros: "Na mega aceleração do fluxo das mercadorias, o tempo do indivíduo é colonizado na sua integralidade. Seja com a conexão do trabalho, seja com o lazer conectado, o engajamento na dominação de si promove uma (de)formação ligada aos pressupostos da ampla privatização do espaço público e publicização da vida privada, reunidas sob o pressuposto tirânico da satisfação." [...]

O que explica o anti-intelectualismo de esquerda?

13/11/2024 // 6 comentários

Douglas Barros: "A economia da atenção (...) reduz a cognição à fruição do tempo de tela. O resultado, sem dúvida, é a diminuição reflexiva para lidarmos com problemas complexos. Mesmo filmes se tornam insuportáveis por terem mais de uma hora de duração, livros são cada vez mais vistos como produtos museológicos e, desse modo, qualquer raciocínio mais denso é visto como uma ofensa." [...]