Semana da Consciência Negra: leituras de luta!

Em 2024, pela primeira vez, o Dia da Consciência Negra será comemorado como feriado nacional em todo o Brasil! Essa conquista é um marco histórico e um momento fundamental para refletirmos sobre a luta antirracista e celebrarmos a cultura e a história negra.

Na Boitempo, acreditamos no poder da leitura como ferramenta de transformação e resistência. Por isso, reunimos uma seleção de livros com descontos de 10% a 40%, em obras que abordam temas como resistência negra, história e cultura afro-brasileira, feminismo negro e o combate ao racismo estrutural. Também selecionamos títulos da Boitatá, para celebrar a diversidade racial e pautar o debate antirracista com as novas gerações.

A promoção acontece de 18 a 22 de novembro no nosso site e todos os pedidos receberão marcadores e cartões de brinde. Confira abaixo alguns dos títulos selecionados e outros conteúdos disponíveis na Rádio e na TV Boitempo:


Colonialismo digital, de Deivison Faustino e Walter Lippold
Uma debate provocador sobre o colonialismo digital, suas ramificações e impactos contemporâneos. Explora temas como racismo algorítmico, soberania digital e o papel das tecnologias na perpetuação das desigualdades. Vozes renomadas do debate nacional contribuem para esta discussão fundamental.

Escritos políticos, de Frantz Fanon
Exibindo uma prosa vigorosa, ao mesmo tempo cortante e poética, esta coletânea de artigos retrata a resistência anticolonial na Argélia. Expõe a brutalidade do colonialismo e a força da luta pela libertação, revelando uma análise concreta e uma crítica contundente que ecoam nas lutas contemporâneas.

Pensamento feminista negro, de Patricia Hill Collins
Explora as raízes e as estratégias do feminismo negro nos EUA, mapeando as lutas e teorias de figuras como Angela Davis e Audre Lorde. Relevante para entender a interseccionalidade das opressões e empoderamento das mulheres negras. Prefácio da autora para edição brasileira.

Como a Europa subdesenvolveu a África, de Walter Rodney
Livro do historiador e líder teórico do pan-africanismo Walter Rodney que detalha o impacto da escravidão e do colonialismo na história da África. Escrita em 1972 e publicada agora pela primeira vez em língua portuguesa, a obra, considerada uma obra-prima da economia política, argumenta que o inabalável “subdesenvolvimento” africano não é um fenômeno natural, e sim um produto da exploração imperial do continente, prática que continua até hoje.

Festas populares no Brasil, de Lélia Gonzalez
Após mais de três décadas de sua produção original, o livro Festas populares no Brasil, de Lélia Gonzalez, chega às livrarias de todo o país pela editora Boitempo. Trata-se do único livro que a pensadora, acadêmica e militante do movimento negro brasileiro, publicou em vida exclusivamente como autora. Escrita em 1987, a obra apresenta registros fotográficos de festas populares do Brasil de norte a sul com textos informativos que apresentam as marcas da herança africana na cultura brasileira, a integração entre o profano e o sagrado e a reinvenção das tradições religiosas na formação do imaginário cultural brasileiro.

Uma autobiografia, de Angela Davis
Relato emocionante de uma vida dedicada à luta por justiça e igualdade. Ícone dos movimentos negros e feministas, a autora compartilha sua história marcante, revelando as injustiças que enfrentou e as raízes profundas de sua resistência. Sua narrativa é uma fonte inspiradora de força e determinação.

Margem Esquerda #27 | Racismo
Desde 2003 a Margem Esquerda, revista semestral da Boitempo, se dedica a enfrentar os principais desafios de nosso tempo histórico. Com rigor teórico e compromisso com a construção de um mundo justo e livre de opressões, cada edição apresenta dossiê temático, artigos, entrevistas com alguns dos principais teóricos do marxismo e ativistas políticos, além de poesias, resenhas e um ensaio visual.

Julián no casamento, de Jessica Love
Uma encantadora celebração da amizade, diversidade e improvisação, onde Julián e sua amiga Marissol encontram novas maneiras de aproveitar um casamento e a companhia de uma adorável cachorrinha. Com belas ilustrações em aquarela, trata de temas como a individualidade e o respeito.

Meu crespo é de rainha, de bell hooks
Uma celebração da beleza negra! Penteados afro são apresentados com positividade e elogios, oferecendo ferramentas para que as meninas se orgulhem de sua identidade. De forma mágica e transformadora, reverte o histórico de invisibilidade, promovendo afeto e estímulo essenciais para as novas gerações.

Minha dança tem história, de bell hooks
Nesta envolvente narrativa, a autora nos leva ao mundo do hip-hop e das batalhas de dança, oferecendo uma visão sensível e expansiva sobre a busca de um garoto para compreender sua própria identidade e masculinidade. Acompanhe a jornada do Bibói com ilustrações vibrantes de Chris Raschka.

A pele que eu tenho, de bell hooks
O que é mais importante? A cor da nossa pele ou o que somos por dentro? A pele que eu tenho, infantojuvenil de bell hooks ilustrado por Chris Raschka, trata do tema da raça, sempre muito presente nas obras da autora, e do perigo de julgar uma pessoa no primeiro olhar. De forma poética, a autora abre um diálogo com as crianças sobre raça e identidade.


Na TV Boitempo

Ao responder a uma pergunta sobre o que a branquitude poderia aprender com o Pensamento feminismo negro, Patricia Hill Collins comenta a importância e as dificuldades envolvidas na construção de coalizões políticas entre raça, gênero e classe.


Deivison Faustino comenta o fetiche da tecnologia, destacando como ao humanizar as coisas, acabamos por coisificar o humano. O autor de Colonialismo digital analisa a importância de pensarmos sobre as relações sociais que estão por trás das inteligências artificiais.


Douglas Barros apresenta Frantz Fanon na série sobre figuras histórias. Nascido na Martinica, em 20 de julho de 1925, Fanon foi crucial para uma elaboração que compreendesse o capitalismo, o colonialismo e o racismo como elementos correlacionais em uma totalidade concreta.


Na Rádio Boitempo


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