Financeirização: Haddad e Galípolo como cativos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Roberto César Cunha
A economia brasileira, historicamente marcada por relações de dependência e subordinação ao capital externo e às elites internas, aprofundou, nas últimas décadas, um vínculo estrutural com o poder financeiro. No contexto da financeirização global e da hegemonia do capital fictício, o Brasil transformou-se em refém — voluntário e consciente — dos grandes bancos, que passaram a ditar os rumos da política econômica e a capturar, para si, parcelas crescentes do fundo público. A lógica do rentismo impõe-se sobre a esfera produtiva, condicionando o Estado a atuar como garantidor da valorização financeira e administrador das contradições do capital, em detrimento de qualquer projeto de desenvolvimento nacional autônomo e inclusivo.
Esse processo não se dá por acidente ou desvio de rota: ele expressa a forma contemporânea da dominação de classe sob o capitalismo em crise estrutural. O Ministério da Fazenda (e o ministro, Fernando Haddad), o Banco Central (e seu presidente, Gabriel Galípolo), o Tesouro Nacional e os demais aparatos da política econômica operam como instrumentos da reprodução da financeirização, assegurando a rentabilidade dos grandes conglomerados financeiros por meio de juros elevados, emissão sistemática de dívida pública e mecanismos diversos de transferência de recursos do orçamento público para o setor privado. A economia nacional, assim, se submete ao imperativo de remunerar o capital ocioso, ao custo do arrocho social, do esvaziamento do investimento produtivo e da erosão das bases materiais da cidadania. Portanto, Haddad e Galípolo são apenas cativos.
Ao submeter-se ao cativeiro do grande capital financeiro como prioridade de Estado, a economia brasileira naturaliza a sua condição de colônia dos próprios bancos que aqui operam. Essa realidade, marcada por desigualdade crescente, desindustrialização e precarização do trabalho, exige uma análise crítica. Este pequeno texto demonstra os mecanismos que sustentam essa dominação financeira, examinando o papel do Estado, do banco central e das políticas econômicas na reprodução do capital fictício e suas consequências sociais, políticas e econômicas para o país.
O papel do Estado e do Banco Central
A crítica da economia política jamais ignorou o papel do Estado na sustentação das condições de acumulação do capital. Contudo, na fase financeirizada do capitalismo, marcada pela hegemonia do capital fictício, o Estado assume uma função estratégica de garantidor da valorização financeira, mesmo em contextos de colapso produtivo. Essa atuação estatal — longe de se contrapor ao capital — revela-se como momento necessário da reprodução do capital fictício, funcionando como suporte de sua legitimidade, solvência e expansão.
Ao contrário das formulações liberais, que apresentam o Estado como árbitro neutro ou agente ineficiente, a crítica aqui reconhece que o Estado, especialmente por meio dos bancos centrais e da política fiscal, opera como gestor das contradições do capital, sobretudo quando este se torna incapaz de se valorizar por vias produtivas. As políticas monetárias e financeiras do Estado não são autônomas: elas expressam o imperativo sistêmico de garantir a rentabilidade do capital fictício, sob pena de desencadear crises generalizadas.
Assim, em A mundialização do capital, o crítico francês François Chesnais, identifica que, desde os anos 1980, os Estados passaram a atuar de forma sistemática para preservar o capital fictício, criando instrumentos de monetização da dívida pública, intervindo diretamente nos mercados e promovendo ciclos de valorização artificial de ativos. Também, o grego Costas Lapavitsas em Lucro sem produção (2021), mostra que os bancos centrais se tornaram verdadeiros “bombeiros do capital financeiro”, intervindo não para corrigir desequilíbrios sociais, mas para assegurar liquidez, solvência e confiança nos mercados — mesmo ao custo de cortes sociais e arrocho salarial. Salienta ainda que o Estado se converteu em gestor da valorização fictícia, com seus bancos centrais funcionando como “garantidores de última instância da rentabilidade dos mercados”.
O papel do Estado manifesta-se, sobretudo, em três frentes:
- Emissão de dívida pública para sustentar os mercados, gerar ativos seguros e atrair capital excedente;
- Política monetária expansionista, com baixas taxas de juros e programas de compra de ativos (quantitative easing);
- Resgates financeiros de grandes bancos e empresas (aqueles considerados “too big to fail”, em bom português, grandes demais para falir), socializando os prejuízos e privatizando os lucros.
Essas políticas configuram o que David Harvey, em O novo imperialismo, chama de acumulação por despossessão estatal: o Estado, longe de proteger a sociedade, converte-se em instrumento de canalização de valor da esfera pública para a financeira, aprofundando a desigualdade e legitimando a hegemonia do capital fictício.
Um exemplo real do que dizem esses autores foi o colapso do sistema financeiro em 2008, quando o Federal Reserve (EUA) e o Banco Central Europeu (BCE) injetaram trilhões de dólares e euros no sistema bancário por meio de linhas de crédito emergenciais, recompra de ativos podres e redução histórica das taxas de juros. Os Estados assumiram as perdas privadas para impedir o colapso do sistema financeiro. Ao mesmo tempo, impuseram políticas de austeridade aos setores populares, cortando serviços públicos e precarizando direitos. O Estado agiu, portanto, como agente da reprodução do capital fictício, confirmando sua função de classe.
Em paralelo, no Brasil, o Banco Central atua como o principal garantidor da rentabilidade do capital financeiro por meio da gestão da dívida pública e da política de juros. A remuneração dos títulos da dívida, mesmo em contextos de estagnação econômica, assegura rendimentos elevados para rentistas e instituições financeiras. Programas como o “quantitative easing” à brasileira — via injeção de liquidez no mercado bancário e swap cambial — representam formas pelas quais o Estado atua para preservar o valor dos ativos fictícios, mesmo à custa da compressão do gasto social e da subordinação do orçamento público aos interesses do capital.
Dessa maneira, como modus operandi, o Estado e seus aparatos monetários não apenas toleram o capital fictício: eles o produzem, legitimam e expandem. A autonomia do capital financeiro exige uma mediação estatal permanente, que transforma os governos em garantidores da ficção valorizadora dos mercados. Assim, o capital fictício revela sua essência política: ele não se sustenta sem coerção, sem legislação, sem suporte fiscal — isto é, sem que o Estado atue como expressão institucional da dominação de classe sob forma financeira. Ou seja, o cativeiro de Haddad e Galípolo é método, não voluntarismo.
Essa lógica estrutural se expressa com clareza em episódios recentes da política econômica brasileira. A tentativa frustrada de Fernando Haddad de manter a taxação do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) sobre operações cambiais, prontamente derrubada pelo Congresso Nacional, exemplifica de forma aguda o grau de captura institucional da política econômica pela lógica do capital financeiro. A medida, que visava ampliar a arrecadação e introduzir algum nível de regulação sobre os fluxos de capital especulativo, foi repelida com rapidez por parlamentares alinhados aos interesses do mercado, revelando a baixa autonomia do Executivo frente ao poder do rentismo.
Essa submissão se torna ainda mais evidente quando se observa a atuação de Gabriel Galípolo no Banco Central. Apesar de um quadro macroeconômico aparentemente favorável — com o desemprego em queda, a inflação de alimentos sob controle, o PIB em crescimento e a taxa de câmbio relativamente estável —, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, na última reunião, elevar a taxa Selic para 15% ao ano. Tal movimento, descolado das necessidades reais da economia brasileira, atende exclusivamente às pressões dos mercados financeiros e à necessidade de assegurar altos retornos aos detentores de títulos públicos.
Esses exemplos não são desvios pontuais, mas expressões sintomáticas da engrenagem estruturante da financeirização. Ambos os episódios, recentes e simbólicos, demonstram que Haddad e Galípolo, ainda que eventualmente portadores de boas intenções ou sensibilidade social, estão estruturalmente amarrados a um arcabouço de dominação financeira que transforma a política econômica em mera engrenagem da reprodução do capital fictício. Sua atuação não é fruto de vontade própria ou erro técnico, mas da função que ocupam no aparelho de Estado financeirizado: são gestores cativos de um modelo cujo objetivo não é o desenvolvimento, mas a rentabilidade do capital. Seu cativeiro, portanto, não é acidental — é estrutural.
Consequências sociais e políticas da financeirização
A hegemonia do capital fictício, longe de ser um fenômeno restrito à alta finança ou às decisões técnicas dos bancos centrais, transforma profundamente as estruturas sociais, os padrões de vida, a organização do trabalho e a subjetividade contemporânea. A financeirização penetra nos tecidos mais íntimos da vida social, impondo uma lógica de valorização abstrata sobre os direitos sociais, o tempo cotidiano, a moradia, a saúde e até mesmo os afetos.
Ao contrário da promessa liberal de democratização do capital via crédito, investimentos e acesso ao mercado financeiro, a realidade da financeirização revela-se como nova forma de espoliação, disciplinamento e precarização, sobretudo para os trabalhadores, populações racializadas, mulheres e periferias urbanas. O capital fictício se alimenta da instabilidade e da insegurança — que são, paradoxalmente, condições de sua reprodução.
Lapavitsas denomina esse fenômeno “financeirização da vida cotidiana”. Assim, o capital não apenas organiza a produção, mas subordina a reprodução social aos mecanismos de valorização financeira. Habitação, educação, saúde e aposentadoria tornam-se ativos financeiros, convertendo cidadãos em devedores, famílias em unidades de risco e trabalhadores em investidores precários. Segundo o autor, o capital fictício impõe uma forma de dominação abstrata, em que o futuro das pessoas é capturado por dívidas e promessas de valorização que as submetem ao império dos mercados.
Um exemplo é endividamento estrutural das famílias. Nos últimos 30 anos, o acesso ao crédito passou a substituir políticas públicas de proteção social. No Brasil, o financiamento estudantil, os cartões de crédito, os empréstimos consignados e os financiamentos imobiliários transformaram o direito à educação, moradia e consumo em dívida futura. As famílias tornam-se dependentes de instituições financeiras e vivem sob o peso de compromissos de longo prazo, frequentemente impagáveis. O endividamento converte-se em mecanismo de controle social, disciplinando comportamentos, consumos e projetos de vida. A promessa de mobilidade social é trocada pela servidão ao capital financeiro.
Ademais, nas grandes cidades brasileiras, o capital fictício se materializa nas transformações urbanas que expulsam populações pobres em favor da valorização dos ativos imobiliários. Fundos de investimento, incorporadoras e bancos utilizam a lógica financeira para gerir o solo urbano: bairros são “revitalizados”, aluguéis sobem, populações são removidas. A cidade se torna um ativo e o direito à moradia converte-se em objeto de valorização financeira. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, por exemplo, a financeirização da terra e da moradia é acompanhada por um aumento da desigualdade espacial, por conflitos fundiários e por repressão estatal às resistências populares.
Desse modo, as consequências políticas da financeirização são igualmente profundas. A ascensão do capital fictício coincide com o esvaziamento das formas tradicionais da democracia representativa, a captura das instituições por interesses financeiros e a deslegitimação dos mecanismos de deliberação coletiva. O Banco central ganhou autonomia e se tornou ator não eleito com poder decisório sobre a vida de milhões. Ao mesmo tempo, movimentos sociais são desmobilizados pela fragmentação, pelo endividamento e pela difusão de uma cultura de responsabilização individual.
A financeirização da sociedade, portanto, não é apenas um processo econômico: trata-se de uma forma de dominação estrutural, que articula violência simbólica, disciplinamento moral, tecnocracia e captura da subjetividade. O capital fictício exige que os indivíduos vivam como algoritmos de risco — constantemente calculando, investindo, endividando-se, economizando —, enquanto o capital real se retrai e a esfera pública se dissolve.
A crítica feita aqui à financeirização revela que, sob a aparência de modernidade, eficiência e inovação, o capital fictício apropria-se da reprodução social como nova fronteira da acumulação, expropriando tempo, direitos e futuro. Suas consequências são a intensificação da desigualdade, o aprofundamento das formas de dominação e a degradação das bases materiais da cidadania. A superação dessa lógica exige, antes de tudo, o desvelamento de seu conteúdo ideológico e a recomposição de formas coletivas de resistência e imaginação política.
Conclusão
A financeirização não é uma anomalia ou um desvio da lógica do capitalismo: ele é o desdobramento necessário da forma-valor em sua busca desesperada por autovalorização em contextos de crise estrutural. Ao converter expectativas futuras em ativos presentes, o capital fictício permite ao sistema capitalista adiar a realização de suas contradições fundamentais, postergando, mas não suprimindo, os limites da acumulação real. A financeirização da vida social, a hipertrofia dos mercados financeiros e a captura do Estado por interesses rentistas revelam que a financeirização tornou-se a forma hegemônica de reprodução do capital em sua fase de declínio histórico.
O capital, para se valorizar, depende da extração de mais-valor — isto é, do trabalho vivo. No entanto, à medida que essa base produtiva se estreita, o capital busca compensações no campo da circulação, do crédito e da especulação. O capital fictício emerge como tentativa de romper os limites objetivos da produção com formas simbólicas de valorização. Essa fuga para frente, no entanto, tem um custo: instabilidade permanente, crises recorrentes, endividamento estrutural, precarização do trabalho e esvaziamento das formas democráticas de mediação. Sendo assim, a financeirização é a máscara temporária da crise permanente dos sistemas produtivos. Sua expansão é a revelação de um sistema que não consegue mais se reproduzir por suas próprias bases.
O que está em jogo, portanto, não é apenas uma forma específica de capital, mas o futuro da própria civilização sob a hegemonia do valor abstrato. A financeirização não apenas submete o trabalho e os bens comuns à lógica de mercado; ela redefine o horizonte histórico da vida, impondo um tempo de curto prazo, um regime de valorização imediata e um modelo subjetivo baseado no risco, na dívida e na meritocracia.
A financeirização, ao tornar-se dominante, expõe o esgotamento da forma social capitalista como totalidade histórica. Ele revela que o capital, ao tentar se autonomizar de sua base real — o trabalho —, transforma-se em simulacro, em fetiche autorreferente, cuja instabilidade ameaça não apenas a economia, mas a própria reprodução da vida.
A superação da financeirização, contudo, não virá de sua implosão interna, mas da construção consciente de alternativas políticas, econômicas e civilizatórias, da construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento da sociedade que rompa com a ditadura do valor e do mercado financeiro. Isso implica retomar o controle social sobre a moeda e o crédito, como propuseram experiências como a auditoria cidadã da dívida no Equador e as iniciativas de bancos públicos de desenvolvimento voltados ao financiamento da economia real, como ocorre na China. Significa também promover políticas fiscais redistributivas, controle do movimento de capitais, taxação das grandes fortunas e das operações financeiras, além de uma reestruturação profunda do sistema bancário, orientada para o financiamento da produção e da reprodução social, e não da especulação. No plano social, a construção de alternativas exige o fortalecimento dos movimentos populares, a rearticulação das formas coletivas de resistência e a invenção de novos espaços institucionais para a deliberação democrática e o planejamento econômico, sob controle dos trabalhadores e da sociedade civil organizada.
Em síntese, enfrentar a financeirização implica uma ruptura civilizatória: a afirmação de um horizonte baseado na centralidade do trabalho, na preservação dos bens comuns e na soberania popular sobre os destinos econômicos e sociais. Como afirmou Marx, a emancipação do trabalho é a condição para a emancipação da humanidade — e essa emancipação exige o desmonte radical da ditadura do valor.
Referências
CHESNAIS, François. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.
HARVEY, David. O novo imperialismo. São Paulo: Loyola, 2004.
LAPAVITSAS, Costas. Lucro sem produção: como o capital financeiro domina a economia. São Paulo: Autonomia Literária, 2021.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro III. São Paulo: Boitempo, 2017.
MARX, Karl. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858. São Paulo: Boitempo, 2011.
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Roberto César Cunha é geógrafo (UFMA), mestre e doutor em Geografia Econômica pela UFSC, onde também desenvolveu pesquisa de pós-doutorado. É pesquisador científico e professor universitário com cerca de 20 anos de dedicação intelectual às temáticas do Agronegócio, Geografia Econômica e Desenvolvimento econômico do Brasil e suas regiões. É autor de mais de 50 trabalhos científicos publicados, entre artigos nacionais, internacionais e capítulos de livros sobre esses assuntos. Autor de O Ouro do Cerrado – Origem e Desenvolvimento da soja no Maranhão.
LEITURAS PARA SE APROFUNDAR NO TEMA
Por mais de um século, diferentes países e governos enfrentaram crises financeiras ao aplicar cortes em políticas públicas e precarizar as relações de trabalho. Embora tenham sido bem-sucedidos em acalmar os credores e o mercado, os efeitos no bem-estar social e econômico da classe trabalhadora foram devastadores. Em tempos de crises e incertezas, a austeridade continua sendo praticada em todo o globo. A ordem do capital, de Clara Mattei, é um estudo profundo e interdisciplinar sobre a relação entre austeridade e ascensão do fascismo.
Voltando ao início do século XX, a economista traça as origens da austeridade no entreguerras na Grã-Bretanha e na Itália, revelando como a autonomia da classe trabalhadora nos anos pós-Primeira Guerra Mundial incentivaram um conjunto de políticas econômicas de cima para baixo que sufocou os trabalhadores e impôs uma hierarquia ainda mais rígida em suas sociedades. Foi quando a austeridade revelou seu principal objetivo, a proteção do capital e a eliminação de todas as alternativas ao sistema capitalista, e foi nesse contexto que a política econômica funcionou como aliada ao fortalecimento do fascismo.
O livro de Clara Mattei tem tradução de Heci Regina Candiani, texto de orelha de Luís Nassif, capa de Maikon Nery e apoio da Fundação Perseu Abramo.
“Mattei nos lembra que a austeridade é uma luta de classes unilateral, conduzida em números
e defendida no jargão dos economistas.”
– The Guardian
“Um fascinante tratado histórico sobre a ascensão das políticas de austeridade e sua relação
com o fascismo. Leitura obrigatória, com lições fundamentais para o futuro. Economia política
histórica de primeira.”
– Thomas Piketty
“Um estudo muito impressionante. Mattei demonstra como a manutenção da dicotomia
entre as esferas política e econômica, tipicamente na forma de programas de austeridade, tem
sido há um século um instrumento-chave da guerra de classes, abrindo caminho para o
fascismo.”
– Noam Chomsky
“Em um momento de alta de inflação, em que os governos se sentem inclinados a voltar a
‘apertar o cinto’, este livro se torna mais relevante que nunca.”
– Mariana Mazzucato
“Uma obra notável para o momento que estamos vivendo.”
– James Galbraith
“A austeridade não é um erro político inocente, mas uma falácia funcional a interesses
obscuros. Este livro admirável expõe a agenda oculta da austeridade.”
– Yanis Varoufakis
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