O ato histórico imortal de Karl Marx

"Na medida em que Marx não mais permitiu que o socialismo fosse considerado obra do acaso, que comprovou que era o resultado de um desenvolvimento social legítimo, ele o transferiu da utopia para as ciências."

Clara Zetkin e Friedrich Engels com Simon Ferdinand, Frieda Simon, Julie e August Bebel, Ernst Schaffer, Regine e Eduard Bernstein após o 3º Congresso da II Internacional Socialista dos Trabalhadores, ocorrido entre 6 e 12 de agosto de 1893. Foto: Herman Greulich/Wikimedia Commons

Por Clara Zetkin

Quando Marx faleceu, seu irmão de armas congenial, Friedrich Engels, escreveu para Friedrich Adolph Sorge, da antiga Internacional, em Nova York: “A humanidade encolheu em uma cabeça, a melhor cabeça de nossa era”.1 As palavras poderiam parecer presunçosas. Afinal, não foi o século XIX especialmente rico em homens aos quais somos gratos pelas mais geniais descobertas? Esse não foi, principalmente, o século de Darwin, que realizou um trabalho na área das ciências naturais tão digno de
orgulho quanto o de Marx nas ciências sociais? Assim como Marx expôs as forças motrizes decisivas para o desenvolvimento da sociedade desde as formas mais inferiores às mais superiores, também Darwin comprovou que toda vida orgânica se desenvolve em uma cadeia infinita que parte de estruturas simples para outras cada vez mais complicadas, mais perfeitas, mostrando ainda a que leis esse devir natural obedece. Não obstante, a palavra de Engels me parece justa. Em meu entender, Marx foi a personalidade mais multifacetada, rica e forte. Darwin foi o erudito que pesquisava para saber mais. Em Marx, o pesquisador científico, aquele que demandava ansiosamente a clareza e a verdade, unia-se ao homem de ações, ao lutador revolucionário. Darwin limitou-se a verificar aquilo que existiu e existe na natureza. O anseio fáustico de Marx não se contentava com o reconhecimento daquilo que existiu e existe na história do desenvolvimento do ser humano, tampouco com o reconhecimento de sua férrea regularidade. Ele queria “tocar os seios dos quais céu e terra pendem”2 a fim de sugar-lhes a força para trabalhar por aquilo que deveria existir socialmente. Ele pesquisava a fim de servir de forma deliberada, com suas contribuições, às leis do desenvolvimento histórico. Desejava o conhecimento para agir, para estar pronto para agir. Seu grande ato intencional, porém, foi armar a massa proletária explorada com o reconhecimento do ato descomunal que ela deve realizar como eterno imperativo da história, mas que, todavia, deve ser intencionado por essas pessoas. Isto é, a transformação da ordem capitalista na ordem socialista.

[…]

Respondamos agora brevemente à questão sobre o que o proletariado deve à obra de Karl Marx, ao fundador do socialismo científico.

Desde que a propriedade privada separou os homens em classes, desde que os males resultantes dessa separação proliferaram rapidamente, o velho, mas também eternamente jovem anseio do ser humano pela libertação desses males passou pela história com os mais diversos trajes ideológicos. Ele sempre voltou a devanear no sonho bem-aventurado do reino milenar da razão, da justiça e da fraternidade. Profetas, fundadores de religiões e poetas falaram extasiados sobre tal reino. Com o surgimento e o desdobramento da produção capitalista, esse sonho manifestou-se na forma de utopias socialistas. No limiar da sociedade burguesa da Inglaterra está Utopia do chanceler Thomas Morus. À grande Revolução Francesa antecipam-se utopias socialistas e sucedem-na utopias socialistas mais brilhantes. O contexto associado é bastante concreto: a grande Revolução Francesa foi o triunfo político da produção capitalista. Esta, no entanto, compeliu a serviço do homem, como nenhuma outra forma econômica até então, as leis naturais e as forças da natureza, tendo, com isso, desencadeado forças produtivas inimagináveis e criado riquezas descomunais e obras maravilhosas como nunca antes vistas. Ao mesmo tempo, ela revolveu a sociedade feudal em suas profundezas, desatou todos os seus laços sociais característicos e semeou a miséria sangrenta crescente entre as massas! Assim a Revolução Francesa destruiu a crença na imutabilidade da ordem social existente e criou dois elementos importantes da utopia socialista: a crítica social inexorável que se alimentava dos males da sociedade e a convicção esperançosa de que esses males poderiam ser superados com uma organização melhor, “mais sensata e justa”, da sociedade. No entanto, o sonho dos utopistas continuou sendo um sonho. A mais genial utopia apenas tomou impulso no solo firme das circunstâncias históricas, ao sujeitar a ordem burguesa emergente a uma crítica cruel e sagaz, elevando-se a seguir, com um salto audaz, às arejadas alturas da especulação, onde o desejo ardente pode facilmente construir reinos ilimitados. O utopista não pensou, como Marx, em usar a cabeça para desvendar as leis do desenvolvimento social a partir do material histórico existente. Seu objetivo era outro: ele queria criar esse desenvolvimento em sua cabeça. Se concebesse de início a ordem social mais perfeita com espírito criativo, então esta poderia ser realizada a qualquer momento e sob qualquer circunstância. Por deliberação de um compreensivo parlamento de príncipes, segundo Owen; pelo estado de espírito generoso de um milionário, como supôs Fourier. O grande fato desfavorável foi que dependia apenas de obra do acaso que, ali, o reconhecimento e a vontade criassem e movessem a força que remodelaria a sociedade segundo a receita ideal. O utopismo não conhecia nenhum poder social que criasse com forçosa necessidade histórica a ordem da liberdade, da igualdade e da fraternidade porque tinha de criá-la.

Certamente houve massas de proletários que se rebelaram sob a mordedura “da serpente de suas aflições”3. E o que restou de suas tentativas de arremessar o jugo da exploração capitalista de seus ombros dilacerados? Os surtos de desesperados que se rebelaram contra seus algozes diretos. Elas não foram atos consciente de revolucionários que, como lutadores de uma classe, queriam derrubar a sociedade do capitalismo martirizante e criar uma ordem socialista. Não havia nenhuma ligação interna indestrutível, que poderia surgir, com poder elementar, a partir das condições de existência do proletariado na sociedade burguesa, entre o movimento de trabalhadores e o socialismo criado pelos utopistas. Essa ligação histórica também faltou quando os utopistas apelaram aos trabalhadores para a implementação de seus planos. Ela tampouco esteve presente no local onde os trabalhadores começaram a procurar com sua alma o país do socialismo, além do mar estrondoso de seu sofrimento.

O ato histórico imortal de Marx foi ter criado um fio conector entre o socialismo e o movimento dos trabalhadores. Ele apresentou a comprovação científica inabalável de que a ordem socialista que começava a luzir no horizonte histórico só poderia ser obra da classe trabalhadora lutadora, mas que ela, contudo, como uma necessidade natural inevitável, também devia obrigatoriamente ser obra dessa classe trabalhadora lutadora. Na medida em que Marx não mais permitiu que o socialismo fosse considerado obra do acaso, que comprovou que era o resultado de um desenvolvimento social legítimo, ele o transferiu da utopia para as ciências. Ao constatar que a classe trabalhadora tem vocação e capacidade históricas para criar conscientemente o resultado de um desenvolvimento histórico, ele concedeu ao movimento de trabalhadores o nobre título de portador da revolução social, que, com a libertação do proletariado, significaria para toda a humanidade o salto final para fora do “reino animal, na liberdade humana total”.4

* Este é um trecho do longo ensaio “Karl Marx e a obra de sua vida!”, escrito em 1913 por ocasião dos 30 anos de falecimento do revolucionário alemão. O texto integral está publicado na antologia Marx pelos marxistas.

Notas

  1. Ver carta de Friedrich Engels a Friedrich Adolph Sorge, de 15 de março de 1883, em “Cartas de Marx e Engels”, trad. João Leonardo Medeiros, Marx e o Marxismo, v.1, n.1, jul.-dez. 2013, p. 172. Disponível on-line em: www.niepmarx.blog.br/revistadoniep/index.php/MM/article/view/16/12. (N. E.) ↩︎
  2. No original, a autora faz uma paráfrase de versos de Fausto, de J. W. Goethe. (N. T.) ↩︎
  3. Alusão ao verso “Der die Schlange meiner Qualen”, do poema “Heinrich”, de Heinrich Heine, feita por Marx em O capital, Livro I, cit., p. 373. (N. E.) ↩︎
  4. Alusão a uma passagem de Anti-Dühring, de Engels: “Só depois que isso acontecer, o ser humano se despedirá, em certo sentido, definitivamente do reino animal, abandonará as condições animais de existência e ingressará em condições realmente humanas”. Ver Friedrich Engels, Anti-Dühring: a revolução da ciência segundo o senhor Eugen Dühring (trad. Nélio Schneider, São Paulo, Boitempo, 2015), p. 319. (N. E.) ↩︎

Marx pelos marxistas, organizado por André Albert
Tributo a Karl Marx, esta antologia reúne escritos de Friedrich Engels, Vladímir I. Lênin, David Riazanov, Clara Zetkin, Eleanor Marx, Franziska Kugelmann, Friedrich Lessner, Henry Hyndman, Karl Kautsky, Luise Kautsky, Marian Comyn, Paul Lafargue e Wilhelm Liebknecht. São relatos de amigos, familiares e companheiros de luta, pintando um retrato humano e afetuoso do pensador que desafiou o capitalismo.


Do socialismo utópico ao socialismo científico, de Friedrich Engels
Publicado originalmente em 1880, Do socialismo utópico ao socialismo científico é uma das obras fundamentais do marxismo e um dos textos mais acessíveis de Friedrich Engels. Escrito a partir de trechos de sua obra Anti-Dühring, o livro apresenta, de forma clara e contundente, a transição do pensamento socialista do século XIX das concepções idealistas e utópicas para uma abordagem materialista e científica da transformação social.

Esta edição traz a primeira tradução direta do alemão para o português brasileiro, preservando a precisão conceitual e o vigor do texto original. Além disso, inclui o prefácio de Karl Marx à edição francesa, também inédito no país – um documento crucial que reforça a importância deste ensaio na difusão das ideias socialistas.
 
Desde sua primeira publicação, Do socialismo utópico ao socialismo científico teve uma ampla circulação internacional, sendo rapidamente traduzido para diversas línguas. Engels o viu ser publicado em francês, inglês, italiano, espanhol, russo e outras línguas, tornando-se uma das introduções mais populares ao pensamento marxista, superando, nesse quesito, o Manifesto Comunista e O capital. Suas edições sucessivas acompanharam o crescimento dos movimentos operários ao longo dos séculos XIX e XX, consolidando-se como um dos textos mais lidos e reimpressos do socialismo. Seu impacto global reflete a clareza e a força argumentativa com que Engels expõe as bases do materialismo histórico e da concepção científica do socialismo.Esta edição traz a primeira tradução direta do alemão para o português brasileiro, preservando a precisão conceitual e o vigor do texto original. Além disso, inclui o prefácio de Karl Marx à edição francesa, também inédito no país – um documento crucial que reforça a importância deste ensaio na difusão das ideias socialistas.
 


Empenhada há três décadas em traduzir as obras de Marx e Engels, com rigor acadêmico e editorial, e sempre a partir dos manuscritos originais, a Boitempo conta hoje com mais de trinta volumes dos dois autores publicados, além de dezenas de livros dedicados ao estudo da teoria marxista. Em 2025, a Coleção Marx-Engels ganhará mais dois volumes: Do socialismo utópico ao socialismo científico, de Friedrich Engels, e o primeiro tomo das Teorias do mais-valor, obra inacabada de Karl Marx que foi por muitos considerada como o Livro IV de O capital.

Enquanto esses lançamentos históricos não chegam, conheça o catálogo de obras já publicadas pela coleção – algumas das nossas edições foram reconhecidas como as melhores do mundo por Gerald Hubmann, ex-diretor da MEGA (Marx-Engels-Gesamtausgabe, instituição detentora dos manuscritos dos autores).

O capital [livros I, II e III], de Karl Marx
Em 2011, a Boitempo deu início a uma de suas maiores empreitadas editoriais: a tradução completa de O capital, a principal obra de maturidade de Karl Marx. Em março de 2013, em meio ao projeto MARX: a criação destruidora, um conjunto de eventos que reuniu milhares de pessoas para debater a atualidade de seu pensamento, foi lançado o primeiro livro, O processo de produção do capital. A tradução de Rubens Enderle, vencedora do prêmio Jabuti 2014, foi a primeira realizada no Brasil a partir do texto preparado no âmbito da Marx-Engels Gesamtausgabe (MEGA2). Além dos prefácios elaborados por Marx e Engels para as diversas edições da obra e notas, a edição da Boitempo conta ainda com extenso aparato crítico.
Disponíveis também em versão capa dura.

Manuscritos econômico-filosóficos, de Karl Marx
Publicados apenas após sua morte, estes manuscritos foram escritos em 1844, quando Marx tinha apenas 26 anos. Neles, o filósofo alemão desenhou a crítica ética e política ao capitalismo, explorando a desvalorização humana em prol da mercadoria. Embora esboços, revelam a raiz da teoria do mais-valor.

Para a crítica da economia política, de Karl Marx
Publicada em 1859, esta é a primeira tentativa de Marx de publicar de maneira sistemática sua crítica da economia política. Trata-se do único volume que efetivamente veio à luz numa série prevista de seis livros. Oito anos depois, remodelado o projeto inicial, a concepção ganharia corpo na principal obra do autor, O capital, publicada em 1867. Para a crítica delineia os conceitos equivalentes ao que depois comporia a Seção I da obra-prima do filósofo alemão.

Grundrisse, de Karl Marx
Estes manuscritos, em tradução rigorosa feita diretamente dos originais em alemão, revelam a gênese da crítica do pai do socialismo científico à economia política. Escritos entre 1857 e 1858, são uma oportunidade ímpar para compreender, detalhadamente, o laboratório de estudos do renomado teórico.

Resumo de O capital, de Friedrich Engels
Mais de 150 anos após sua publicação, a obra-prima de Karl Marx continua suscitando debates acalorados. Friedrich Engels, o principal parceiro intelectual de Marx, buscou durante muitos anos de sua vida divulgá-la e publicá-la em outras línguas, além de ter sido o principal editor e organizador dos livros 2 e 3. Este livro traz um conjunto de resenhas feitas por Engels logo após o lançamento do primeiro volume de O capital, além de um manuscrito que o resume, uma espécie de guia para entender a obra, publicado pela primeira vez em português.

A ideologia alemã, de Karl Marx e Friedrich Engels
Edição integral e esmerada de um marco do pensamento filosófico, esta versão traduzida diretamente do original alemão e baseada na MEGA2 revela a crítica afiada dos autores à ideologia dominante e a importância da práxis na transformação do mundo e do ser humano. Um clássico, agora em português.

“A edição da Boitempo de A ideologia alemã é uma das melhores edições do mundo, se não for a melhor de todos os tempos.”
Gerald Hubmann, diretor da MEGA2

Manifesto comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels
No final de fevereiro de 1848, foi publicado em Londres um pequeno panfleto que acabaria por se tornar o documento político mais importante de todos os tempos. Passado mais de um século e meio, a atualidade e o vigor deste texto continuam reconhecidos por intelectuais das mais diversas correntes de pensamento.

O 18 de brumário de Luís Bonaparte, de Karl Marx
Nesta célebre análise sobre o processo que levou da Revolução de 1848 para o golpe de Estado de 1851 na França, o filósofo alemão desenvolve o estudo do papel da luta de classes como força motriz da história e aprofunda sua teoria do Estado, sobretudo demonstrando que todas as revoluções burguesas apenas aperfeiçoaram a máquina estatal para oprimir as classes. Embasado por essa observação, Marx propõe, pela primeira vez, a tese de que o proletariado não deve assumir o aparato existente, mas desmanchá-lo.

A origem da família, da propriedade privada e do Estado, de Friedrich Engels
Um clássico da teoria social, este escrito de 1884 apresenta uma análise crítica dos modos de organização da vida social. Levando em consideração as relações entre os sexos para além da biologia, Engels trata da opressão de gênero e do papel do casamento e da autoridade masculina na constituição da sociedade moderna.


Mais de cento e quarenta anos após a morte de Karl Marx e cento e vinte da morte de Friedrich Engels, qual a contribuição intelectual desses dois filósofos para o Brasil e para o mundo? Muito se fala hoje, da esquerda à direita, de Marx e Engels, mas o quanto estamos de fato lendo suas obras?

Concebida pela Boitempo, principal editora de Marx e Engels no Brasil, para atingir um público amplo, a antologia O essencial de Marx e Engels propõe um mergulho de fôlego e amplitude sem precedentes nos principais pontos do projeto teórico desses dois autores. A organização, as apresentações de cada volume e as notas explicativas são de Marcello Musto, professor italiano com contribuições decisivas no florescente campo de estudo marxiano contemporâneo. A obra conta também com prefácio de José Paulo Netto e textos de apoio de alguns dos maiores especialistas brasileiros: Marilena Chaui, Jorge Grespan, Leda Paulani, Virgínia Fontes, Lincoln Secco e Alfredo Saad Filho. A edição é de Pedro Davoglio.  

O essencial de Marx e Engels reúne os textos mais importantes dos pensadores e revela cartas, manuscritos e rascunhos inéditos ou pouco conhecidos. Os três volumes, separados em escritos filosóficos, econômicos e políticos, contam com 16 partes temáticas e 66 extratos diferentes, incluindo obras publicadas, documentos e alguns escritos inacabados que foram anteriormente negligenciados. A obra revela, entre outras coisas, como estão equivocadas as interpretações que retratam Marx e Engels como pensadores eurocêntricos e economicistas, interessados apenas no conflito entre trabalhadores e capital.

Os volumes seguem uma linha cronológica que vai do início da década de 1840 até a morte de Engels, em 1895. Temas como a filosofia pós-hegeliana, a concepção materialista da história, método de pesquisa, trabalho e alienação, crise econômica, socialismo e muitos outros trazem ao público as ideias mais conhecidas e uma faceta pouco explorada da dupla. Em uma época em que as teorias de Marx e Engels voltam a ser investigadas em escala global, esta obra permite uma nova e mais completa interpretação geral de sua produção intelectual.

Além dos três volumes citados, a caixa contém o livreto Para ler Marx e Engels, com material complementar às obras publicadas no Brasil, como aulas, debates, palestras, itinerários de estudo e indicações de leituras de apoio.

Os primeiros dois mil leitores que comprarem a caixa no site da editora ou a reservarem em livrarias de todo o país ganharão um cartaz A2 exclusivo com o texto integral do Manifesto Comunista. Lembramos também que assinantes do Armas da Críticaclube do livro da Boitempo, têm 30% de desconto na compra de O essencial de Marx e Engels, bem como de todos os livros em nosso site.

1 comentário em O ato histórico imortal de Karl Marx

  1. Avatar de Desconhecido marcia emilia rodrigues neves neves // 22/06/2025 às 10:37 am // Responder

    Não é Sp

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